Fecham os olhos, acabam as aparências
O respiro profundo da liberdade voa.
Os pássaros, a cachoeira, a floresta...
Orquestra genial, sons da consciência.
Infiltrado no mais íntimo do ser para ele.
Regado de atrozes enfermidades.
Suspira, pensa. Está entrando.
Colocado em universos inseguros.
Feixes memoriais, eternos, infinitos
Suprimidos na matéria corpórea.
Mas então ele sobe, enxergando mais.
Viajando em horizontes inabitáveis.
Desligado do Sistema. Sucumbiu.
Achou o caminho para escape.
E vivenciou as mais belas paisagens.
Uma luz resplandecente explodia.
Anjos dançando, as ninfas cantando.
A alma curava, experimentava
O elixir puríssimo naturalista.
De essência apenas do Ser.
Para onde ia? Ninguém sabe.
Nenhum os mestres soube.
Nem Freud, nem Nietzsche.
Nem Schopenhauer, nem Descartes.
Talvez fosse como Platão descreveu.
Mas ele mesmo não soube.
E, para quem sabe, continuará assim.
O mistério além do físico, inóspito.
Quem encontrá a resposta para
Os Reverberantes suspenses da mente?
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ALGAR DE DEVANEIOS (textos poéticos e crônicas) [EM ANDAMENTO]
PoesiaAfunde em um universo de poesias góticas, ultrarromânticas, simbolistas, decadentistas e tudo o que você queira chamar. Aqui, a melancolia e a morbidez dialogam em cada verso, tecem uma teia de beleza nos territórios do macabro, do fúnebre e do somb...