Anjo da Morte

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Uma cabeça levemente se deita no mar
Agoniada pela caótica mente irá afundar
Porque em teus olhos o pavor infinito habitas
Jogada neste paralelo mundo de almas aflitas

Seu lar desaparece no tempo em declínio
Enrolado pelas vielas justas de um extermínio
Dos inocentes que, enganados, entram em fila
Para o abate da foice que, saciada, desfila

Esqueletos são deixados nos corredores
Deste lugar amaldiçoado de imensos horrores
Um a um, todos os dias, o anjo ceifará
Não importa quem seja, no ciclo cairá

Lotada de culpa, a cabeça se contorce
Com alfinetes e agulhas seu coração se torce
Para assistir às suas mãos frias e vermelhas
E escutar os sussurros e gritos das ovelhas

ALGAR DE DEVANEIOS (textos poéticos e crônicas) [EM ANDAMENTO]Onde histórias criam vida. Descubra agora