AVISO DE GATILHOS: RACISMO, TRANSFOBIA, PEDOFILIA E DISTURBIO COMPORTAMENTAL.
Sentia também uma certa euforia na Doutora a medida que aproximava o feriado mundial natalino, amado por todos e a loira parecia permanecer muito animada quanto a chegada dele, pois depois da insistência eufórica da amiga, voltavam das lojas natalinas cheias de sacolas com decorações, os cabelos esbranquiçados e finalmente, a companheira estava com o casaco, Clara devolveu após lavar mas secretamente com pesar; deixavam pegadas na neve branca brilhando no chão, felizes e sorridentes.
No apartamento, se empenharam em organizar todo ele, agora a Doutora tinha o sofá roxo na sala, qual era o canto preferido dela, sem que deixasse TARDIS suspeitar que estava sendo trocada por um móvel humano inútil, talvez até mesmo levasse o sofá para dentro da nave, seria útil para caso se cansasse de pilotar de pé.
Clara e Doutora juntas preparavam as decorações do apartamento para o clima natalino, tiraram os finais de semana para tal, após as compras dos mais variados tipos de enfeites, escolhiam formas, maneiras e estilos de como organizar os móveis e cômodos; após muitas tentativas e pesquisas no Pinterest, a procura de inspirações, chegaram a um consenso, primeiro iriam arrumar os cômodos e depois decorariam.
Clara estava com os cabelos amarrados e vestia uma roupa velha, havia pausado o serviço para descansar, sentada no sofá suspirava mas tinha um sorriso na face, agradeceu a água que a Doutora lhe entregara, embora a Doutora realizara todo o serviço pesado, com uma facilidade que Clara admirou; enquanto repousava planejava qual seria o próximo aposento a arrumar.
A Doutora percebeu o olhar em si e após ver que não fora desviado, questionou com uma ponta de sorriso.
— O que foi?! — Perguntou suavizada.
— Eu ainda não vi o seu quarto! — Bateu o dedo no queixo pensativa e analisando.
— Ah, ele não é atraente quanto o seu! — Respondeu em esquiva.
— Nada disso, quero ver! — Saiu puxando a loira e correu para o outro cômodo, abrindo a porta.
A Doutora soltou a respiração que não percebeu estar segurando, seu maior receio em deixar a humana entrar não estava presente, a cabine policial azul deixara o cômodo completamente vazio, o que indicava que o trio estavam utilizando ela; Clara entrou no recinto, colocou as duas mãos na cintura e analisou o aposento com vista crítica.
— Você só tem uma cama e um monte de cacarecos?! — Questionou surpresa.
— Não são cacarecos, são decoração! — Falou ofendida agarrando as coisas.
— Deixe-me ver... Quem é o jovem da identidade? —Balançou o documento.
— Ah, é um jovem que salvei de um guindaste! — Exclamou animada.
— Suicídio?! — Replicou compadecida.
— Isso! — Preferiu ocultar a parte do alienígena.
— E o que é esse negócio aqui?! — Pegou a arma temporal que estava na prateleira e a encarou, claramente achando um objeto de decoração muito estranho.
— É um objeto muito perigoso, você não deveria tocar nele, pode se machucar! — Pegou a arma da mão.
Clara continuou examinando a prateleira e abriu a boca em surpresa, dando uma risada.
— Não creio! Você acredita em fada do dente?! — Encarava o dente de Tsin Shaw na prateleira, com uma feição cômica.
— É claro que sim, eu me preocupo com a cadeia alimentar das fadas do dente, todo mundo deveria se preocupar com isso, afinal se elas forem extintas a culpa vai recair sobre nós, que não as alimentamos! — Falava animadamente e rapidamente, gesticulando e fazendo caretas.
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Enviada ao Paraíso
FanfictionDoutora procurava um apartamento para alugar, Clara alguém com quem dividir o cômodo. Ambas são unidas pelo destino, porém, o constante mistério que envolve a presença de cada uma, não é menos importante que os problemas que surgem no decorrer da c...