Enviada ao Paraíso

Protegendo a Si

AVISO DE GATILHOS: ASSÉDIO VERBAL, ASSÉDIO SEXUAL E TENTATIVA DE ESTUPRO.

A Doutora aproveitou na última semana que Clara estava trabalhando para realizar a sua parte da tarefa, precisava encontrar um psicólogo para o garoto Norman Highmore e conversar com a diretora a respeito das regulamentações da educação, para garantir a Shaun Bartlet a capacidade de estudar, sem sofrer preconceitos.

Em posse novamente da TARDIS lhe configurou as coordenadas de um psicólogo, que encontrará em suas costumeiras andanças por Londres e que era próximo a residência do menino, já havia se aproximado do garoto antes, quando ia buscar Clara na escola, sempre aparecia com antecedência para observar os alunos saindo e aproveitava para se enturmar com os garotos, e teve que aprender a conviver com a atitude do moleque, mas conseguiu o atrair devido ser muito curioso e como o combinado, havia o prometido levar em uma de suas viagens.

Porém não fora tão fácil o enganar, ele realmente lhe questionou o caminho todo para o psicólogo, sem ele saber é claro, onde que estava a cabine policial que o levaria para uma viagem espacial, mas a Doutora era boa em estratagemas e garantiu a presença dele na consulta psicológica e deu uma dica para a profissional, utilizar de meios galácticos e espaciais para capturar a atenção de Norman e garantir que ele tivesse e colaborasse com o tratamento.

A Doutora infelizmente não teve o desfecho que havia deduzido, deixaria Norman no psicólogo, iria conversar com a diretora e depois voltaria para busca-lo com a TARDIS, mas não conseguiu sair do consultório, pois um dos psicólogos cismou que queria fazer uma consulta consigo; então se sentou na cadeira do outro consultório e começou a olhar ao redor a decoração do ambiente, com o ar abobado e leigo, como uma criança que vê coisas incríveis e mal consegue se conter sem abrir a boca, embora tivesse um pelo na nuca arrepiado e a mão no bolso, segurando a chave de fenda sônica.

O consultório era aconchegante com piso laminado marrom, paredes brancas com um papel de parede sutil, nem tão infantil e nem tão adolescente, continha prateleiras com livros, brinquedos, jogos, uma mesinha infantil no canto, uma poltrona próxima a mesa de centro do médico e uma cadeira mais afastada, um pequeno armário e um cheiro agradável.

— E então, o que achou do meu consultório?! — A loira se assustou com a fala assoprada em seu pescoço; o homem perguntou à milímetros de distância de sua nuca, com um sorriso largo.

— Ah, sim, bem bonito! — Concordou sentada reta na cadeira e com o maxilar trincado, devido à proximidade.

— Vejo que você é uma loira muito bonita e gostosa, uma pena que não tem senso das roupas que os homens adoram. Essa roupa é ridícula! — Apertou os ombros da paciente e beijou seu pescoço. — O que acha de começarmos a consulta com você nua?!

A alienígena sentiu o corpo ser prensado contra a cadeira e as mãos másculas agarrarem seus seios com força os apalpando sobre o tecido da blusa, descendo para sua calça azul pantacourt, puxando seus suspensórios e conduzindo a palma pela parte interna de sua coxa, escutando após uma risada zombeteira do homem; a Doutora saltou da cadeira imediatamente assustada, desconfortável e exibindo asco, não sendo capaz de raciocinar por segundos, devido o choque por ter sido bulinada e pelas palavras de desacato, acompanhou com sua melhor careta o humano se afastar troçando.

— O que você disse?! — Murmurou semicerrando os olhos, com sua melhor feição de brava, descrente e fora o que conseguira dizer.

— Vai se fazer de desentendida é?! As mulheres usam isso para negarem que querem ser fodidas! — Riu divertido lambendo os lábios. — Se bem, que com esse seu corpo magrelo, nem teria com o que se divertir!

— Não eu! Eu não sou esse tipo de mulher e muito menos, quero alguma coisa de você! — Se afastou para sair da sala, mas o mesmo bloqueou sua passagem, fazendo com que voltasse para o meio, abriu os braços se olhando de cima a baixo e sorrindo. — Você acha? Eu estou satisfeita com esse corpo!