Christian
Anastasia bebe sozinha mais duas garrafas de tequila enquanto dança com a minha irmã na pista. Ela joga as mãos para cima e rebola de maneira desengonçada, me fazendo rir a cada novo passinho.
— Está dando muita bandeira, Christian. — Leila murmura risonha e caminha até mim com passos lentos.
Reviro meus olhos e corro até ela, segurando seu braço e puxando uma cadeira próxima. Leila senta com um suspiro e esfrega a barriga enorme.
— Me dá medo ficar perto de você, parece que sua barriga vai explodir a qualquer momento. — ela arfa e me dá um tapa no braço.
— Não me chame de gorda, porra, é a sua sobrinha que está aqui e não mude de assunto. — ela cerra os olhos. — Vocês deixaram todo mundo de queixo caído com a coisa da liga. — desvio meus olhos dela e fito Anastasia novamente.
Ela junta o vestido no lado esquerdo do corpo e faz um nó, as pernas torneadas à mostra. O penteado já se desfez, deixando-a com uma aparência selvagem e merda, malditamente atraente.
— São só as tradições, Leila. Você e o Jack também fizeram isso. — ela bufa e morde um bombom.
— Mas era diferente, Christian. Nós estávamos apaixonados e todo mundo sabia mas a Ana e você são somente amigos, pelo menos até onde nós sabemos. — Leila me dá um olhar aguçado, curiosidade exalando de cada poro.
— Falou certo. Nós somos amigos e temos muita intimidade, além do mais temos vários parceiros de negócios aqui, precisávamos passar credibilidade. — ela joga as mãos para cima e suspira.
— Tudo bem, cara, minta para si mesmo. — Leila respira fundo e grita o nome de Jack. — Me leve para casa, pelo amor de Deus. Eu preciso dormir.
— Claro, querida. — Jack solta a alça da carreira dela e coloca no ombro antes de ajudá-la a levantar. — Isso mesmo, idiota, ria bastante. Vou fazer o mesmo quando for você no meu lugar.
Cruzo os braços e levanto uma sobrancelha.
— Não vai acontecer, eu te garanto. — Jack me dá um olhar óbvio e corre atrás da esposa, me fazendo gargalhar ainda mais.
— Isso aí, porra. — olho novamente para a pista de dança e vejo Anastasia dançando com Elliot.
Meu irmão está tão bêbado como ela e a cada vez que ele a joga para baixo meu coração falha uma batida.
A emergência do hospital definitivamente não é o melhor lugar para se passar uma noite se núpcias.
Me levanto da cadeira e vou para a pista de dança, puxando Anastasia para os meus braços. Ela grita e ri, esfregando meu peito.
— Oi, Floquinho, achei que não ia tirar a sua esposa para dançar. — ela murmura e sorri, virando a cabeça para tomar mais um gole da garrafa de tequila.
— Não acha que já bebeu demais, Cerejinha? — ela revira os olhos e puxa a minha cabeça para baixo, esfregando os lábios nos meus.
— Não seja chato, Christian, hoje é o nosso casamento, caramba. — deslizo minhas mãos pelas suas costas e seguro sua cintura, puxando-a para mais perto.