Capítulo 31

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Anastasia

Suspiro aliviada quando finalmente estaciono o carro na minha vaga e salto para fora.

Já são mais de nove da noite e eu planejava ter chegado em casa antes das seis mas meu pai me arrastou para uma degustação de vinhos de um amigo da família e eu não consegui fugir antes.

E isso foi uma puta sacanagem vindo dele.

Ele sabe que estou amamentando e não posso beber.

Bufo pela milésima vez no curto prazo de trinta minutos e marcho pelo jardim da nossa nova casa em direção a porta de entrada suplicando mentalmente que Christian tenha conseguido segurar Phoebe acordada pelo menos para eu conseguir dar um beijo de boa noite nela.

A minha garotinha já está com seis meses e é a maior alegria que eu poderia ter na vida.

Os olhos azuis e o sorriso doce dela afastam qualquer medo e incerteza que passa pela minha mente e se ainda não surtei com casamento e carreira é graças a ela.

Tantas coisas aconteceram nos últimos meses que seria fácil perder a cabeça, mas ela me mantém sã e nos trilhos.

O dia do nascimento da Phoebe foi uma loucura, tanto pela visita inesperada do Roger como tudo o que veio depois.

Graças a Deus nós chegamos rapidamente no hospital, o meu parto foi tranquilo e ela nasceu forte e saudável, mas meu pai e tio Carrick não gostaram nada de saber o que havia acontecido e usando de um pouco de influência conseguiram uma ordem judicial contra a família Lincoln e a transferência da Elena para uma instituição psiquiátrica em São Francisco.

Não posso dizer que não gostei disso.

Saber que ela estava trancafiada num lugar de alta segurança e do outro lado do país trouxe a paz que a nossa família precisava.

A chegada da Phoebe também teve um peso enorme sobre o Christian.

Nunca imaginei que ele gostaria tanto de ser pai, mas essa é a sua função no mundo e o que dá sentido a vida (palavras dele, não minhas).

Ele já era o homem dos meus sonhos, a porra do marido ideal mas hoje ele também é o pai perfeito e eu já estou ansiosa para fazermos outros bebês.

Ainda esse ano se possível.

A porta se abre e Taylor passa por ela assim que subo as escadas. Ele me cumprimenta com um sorriso sutil e vai até alguns outros seguranças perto do portão da garagem.

A casa nova também foi uma mudança bem vinda.

Trocamos o caos do centro de Chicago por uma propriedade imensa em Gold Coast com jardins verdes, flores coloridas, bastante espaço para crianças e uma vizinhança pacífica.

Christian me deu um Dachshund no nosso primeiro aniversário de casamento e tardes de domingo em família às margens do Lago Michigan ou piqueniques no Lincoln Park se tornaram recorrentes para nós.

Phoebe adora ver o Rocco correndo atrás dos esquilos e eu amo ver o Christian agindo como um homem normal longe dos seus ternos caros e telefonemas de trabalho.

Entro em casa e ouço o som de patinhas no assoalho até Rocco sair da sala e correr para mim. Coloco a minha bolsa sobre o aparador e pego ele no meu colo, beijando seu pelo macio.

— Oi, bebê, também senti a sua falta. — ele late e cheira o meu pescoço, se contorcendo para descer.

Coloco ele novamente no chão e o vejo correr para a escada, subindo os degraus rapidamente. No meio do caminho ele para e olha para mim, depois para o andar superior.

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