Depois do episódio onde Perebas não foi mais encontrado (entenda o eufemismo dessa frase), discursões foram comuns naquele ciclo de amizade, que parecia totalmente abalado.
Rony estava enfurecido porque Hermione nunca levara a sério as tentativas de Bichento para devorar Perebas, não se dera o trabalho de vigiá-lo de perto e continuava a fingir que o gato era inocente, sugerindo que Rony procurasse Perebas embaixo das camas dos garotos.
Eu, junto dos seus irmãos e Harry, tentávamos animar o menino, que parecia muito para baixo
– Vamos, Rony, você vivia dizendo que Perebas era chato – disse Fred para consolá-lo. – E seu rato estava doente havia séculos, estava definhando. Provavelmente foi melhor para ele morrer depressa, de uma engolida, provavelmente nem sofreu.
– Fred! – exclamou Gina, indignada.
– Ele só fazia comer e dormir, Rony, você mesmo dizia – argumentou Jorge.
– O que eles querem dizer é que já estava chegando a hora dele. Você sabe, ele já parecia bem acabado – falei
– Ele mordeu Goyle para nos defender uma vez! – disse Rony, infeliz. – Lembra, Harry?
– É, é verdade – confirmou o amigo.
– Foi o ponto alto da vida dele – disse Fred, quase rindo na cara de Rony. – Que a cicatriz no dedo de Goyle seja uma homenagem eterna à memória de Perebas. Ah, sai dessa, Rony, vai até Hogsmeade e compra um rato novo. Que adianta ficar se lamentando?
Em contrapartida, Hermione insistia que Rony não tinha provas de que Bichento devorara Perebas, que os pelos talvez estivessem no dormitório desde o Natal, e que o garoto alimentara preconceitos contra o gato.
– Não me surpreende que Harry tenha ficado do lado de Ronald – disse Hermione para mim na biblioteca, enquanto eu a ajudava na defesa de Bicuço, o hipogrifo – os dois nunca gostaram de Bichento. Tudo está virando culpa minha! Perebas, a firebolt, tudo.
– Se acalme, Hermione. Tenho certeza que em pouco tempo vocês irão voltar a se falar. Ele vai perceber que você estava certa.
Não queria tomar o partido de Hermione tão explicitamente, muito pelo adversário ser o irmão dos meus melhores amigos, mas sentia que nessa altura era melhor apoia - la. Ela me parecia mais racional nessa questão, mesmo que fosse saudável ela admitir que, provavelmente, Perebas fora morto por Bichento.
Um dia antes do jogo, Jorge e Fred entraram animados no salão, comentado como a vassoura de Harry era incrível
– Olívio nem reclamou com alguém do time! Foi a primeira vez na história! – exclamou Jorge, me abrandando tamanho a felicidade
– A firebolt faz milagres, até os psicóticos por quadribol ficam domados – constatou Fred
No dia do jogo, desci com Alicia e Angelina para o café, que também falavam animadamente sobre o jogo
– Vênus, você vai vê como vai ser incrível – dizia Alicia, sonhadora
– Eu me casaria com a aquela vassoura – falava Angelina
No salão, todas as casas se aglomeravam para ver a vassoura de Harry. Notei que até Draco babava olhando a vassoura.
– Ele vai se ferrar quando jogar contra Harry – desejou Jorge – Ele sabe disso
É claro que Draco não poderia perder uma chance de irritar Harry
– Tem certeza que você sabe montar nessa vassoura, Potter? – disse meu irmão, junto de Crabbe e Goyle – Tem muitas características especiais, não é? Pena que não venha com um paraquedas, para o caso de você chegar muito perto de um dementador.
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Iconic.
FanfictionVênus Malfoy era diferente. Mesmo vivendo num ambiente onde ser considerado sangue - puro seria o melhor elogio possível de receber, ela queria ser mais. Sabia que isso não era o pensamento do seu irmão mais novo, Draco, e de seus pais, Lúcio e Nar...