4.3.

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Na manhã do dia seguinte, acordei disposta, bem ao contrário dos gêmeos.

- Vênus, não sei como você consegue ficar animada num dia como esse - murmurou Jorge, enquanto se espreguiçava

- Acho que o ambiente de Hogwarts me deixa para cima. Não posso dizer que ontem não me deixou animada

- Ontem é ontem... hoje já voltamos para realidade com Filtwick - falou Fred, um pouco antes de bocejar

Parecendo combinando, uma chuva de corujas chegou nesse instante. Não recebia muitas cartas, então não costumava olhar muito para o correio.

- Olhe, Fred, Errol... acho que papai mandou alguma coisa para Rony - disse Jorge, apontando para um lado distante da mesa, onde se encontrava Rony, Harry e Hermione

Olhei para a carta que Rony segurava; grande, com um envelope vermelho. Nunca havia recebido um, e torcia para não receber, mas não precisava que alguém me explicasse o que estava escrito para saber exatamente o significado daquela carta.

- Vejam, é um berrador - disse, assustada. - Tenho pena do irmão de vocês

- Único lado bom de não termos vindo com o carro. - afirmou Fred, com um sorriso travesso, bem na hora que ouvi a voz da senhora Weasley ressoando no salão

"... ROUBAR O CARRO, EU NÃO TERIA ME SURPREENDIDO SE O TIVESSEM EXPULSADO, ESPERE ATÉ EU PÔR AS MÃOS EM VOCÊ, SUPONHO QUE NÃO PAROU PARA PENSAR NO QUE SEU PAI E EU PASSAMOS QUANDO VIMOS QUE O CARRO TINHA DESAPARECIDO..."

Encarei os meninos com medo. Até eles prenderam um pouco a respiração. Mesmo que os gêmeos fizessem muitas besteiras, nenhum tinha recebido um berrador na vida.

"... CARTA DE DUMBLEDORE À NOITE PASSADA, PENSEI QUE SEU PAI IA MORRER DE VERGONHA, NÃO O EDUCAMOS PARA SE COMPORTAR ASSIM, VOCÊ E HARRY PODIAM TER MORRIDO..."

Ela tinha um ponto bem interessante.

"... ABSOLUTAMENTE DESGOSTOSA, SEU PAI ESTÁ ENFRENTANDO UM INQUÉRITO NO TRABALHO, E É TUDO CULPA SUA, E, SE VOCÊ SAIR UM DEDINHO DA LINHA, VAMOS TRAZÊ-LO DIRETO PARA CASA."

Acabada a carta, os dois soltaram risadas abafadas.

- Acho que Rony vai ter alguns problemas em casa...

McGonagall, então, passou distribuindo os horários, quase que ignorando a cena que tinha acabado de acontecer. Percebi que nossos horários desse ano estavam diferentes do ano passado.

- Não acredito! Flitwick e Herbologia! - falou Fred, pesaroso

- Defesa Contras as Artes das Trevas só na quarta e na quinta, ano passado era a segunda aula do dia!

- Advinhação será pela tarde  - falei, suspirando. Diria que adivinhação era a matéria que eu menos gostava; me parecia muito chute e pouca precisão.

As aulas seguiam seu ritmo normal: Flitwick começava o embasamento teórico de feitiços mais complexos, como o accio, um dos feitiços mais úteis, na minha opinião.

Já na aula de Sprout, ela nos mostrou as Bubotúberas, plantas gordas que lembravam lesmas.

- Peguem luvas de dragão e coloquem o pus nesses potes. - ordenou a professora

- Colocar o que no pote? - perguntou Angelina, meio enojada, encarando a planta

- O pus, senhorita Johnson. Não percam nada, ele é extremamente valioso!

Não gostava muito de tirar líquidos amarelos de plantas feias, mas sabia que era muito útil para o tratamento de espinhas. Quando todos já haviam colocado o líquido estranho no pote, a senhora Sprout perguntou para a classe:

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