4.2.

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No dia seguinte ao resgate de Harry, inventei a Draco uma dor de cabeça para não precisar sair da cama. Estava com muito sono, só queria dormir.

– Desculpa, Draco. Hoje realmente não vai dar. Estou morta de dor de cabeça - falei, com uma voz abatida

– Irei falar para papai que você não cumpriu uma parte do acordo. – disse meu irmão, soando ameaçador

– Pois fale! Você está escutando o que disse? Eu estou com dor de cabeça, tanta que nem consigo me levantar da cama para fazer uma simples poção contra esse problema, obrigada pela compreensão.

Revirando os olhos, Draco saiu do quarto, descontente por não ter sido do jeito que ele queria.

Nos dias seguintes, ensinava à Draco algumas das principais matérias do segundo ano, mas ele preferia sempre focar nos treinos de Quadribol, que, claramente, não eram meu ponto forte.

– Vênus, desse jeito você não oferece nenhuma barreira contra eu pegar a bola – ele disse, quando eu não consegui lançar algumas bolinhas maiores, que deveriam representar os Balaços, nele.

– Se eu tivesse algum talento no Quadribol, eu já teria tentando entrar para o time da Grifinória – falei, revirando os olhos

Uma semana depois da minha aventura com os gêmeos, minha carta de Hogwarts chegou. Como sempre, havia os tradicionais avisos, como o dia do embarque ( 1 de Setembro) e a autorização para Hogsmeade, caso eu desejasse ir esse ano, algo que eu queria. Quando visse meus pais, já sabia o que iria pedir imediatamente. Veio também a lista de material anexada, e a maioria dos livros eram de Gilderoy Lockhart, um famoso bruxo no combate à pragas das trevas

Quando perguntei para Draco sobre os livros que tinham em sua lista, ele comentou a mesma coisa

– Mais de 5 livros desse Lockhart! Com certeza é um fã dele.

Esperava ansiosamente pela quarta - feira, dia que meu pai havia escolhido para irmos até o Beco Diagonal. Finalmente veria alguma coisa além das paredes da minha casa.

Quando ele desceu para sala, onde eu já esperava junto de Draco, eu entreguei minha autorização para Hogsmeade

– Apenas no final das férias - disse meu pai, sem rodeios

– Depois do que? Eu já estou ensinando Draco tudo que eu sei. Até o que eu não sei, na realidade, feito Quadribol

– Tenho certeza que esse será um ótimo estimulante para você continuar o ensinando – ele falou, puxando eu e Draco para a lareira.

Fomos ao Beco Diagonal, através de Pó de Flu, e chegamos na Travessa do Tranco. Eu fui obrigada a ficar com Draco e meu pai na Borgin & Burkes, uma loja, no mínimo, assustadora, já que minha mãe tinha ficado em casa.

– Quero que vocês vejam a Travessa do Tranco. Principalmente, você, Vênus, que tem pensamentos... questionáveis.

Entrando na loja, Draco quase pegou uma mão de vidro quando meu pai o repreendeu.

– Pensei que você ia me comprar um presente.

– Eu disse que ia lhe comprar uma vassoura de corrida – disse meu pai

– De que me serve apenas uma vassoura se ainda não faço parte do time da casa? – respondeu Draco, com a cara amarrada. – Harry Potter ganhou uma Nimbus 2000 no ano passado. Permissão especial de Dumbledore para ele poder jogar pela Grifinória. Ele nem é tão bom assim, só que é famoso... famoso por ter uma cicatriz idiota na testa... todo mundo acha que ele é tão sabido, o maravilhoso Potter com sua cicatriz e sua vassoura...

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