1.3.

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No primeiro dia, acordei cedo pela manhã, como normalmente acontecia. Quando olhei para os lados, as minhas companheiras de dormitório ainda estavam dormindo. Não achei que era tarde ao ponto delas se atrasarem, então as deixei. Precisava ajeitar algumas coisas de ontem, além de fazer minha rotina matinal.

Quando já havia pego minha capa e colocado na mala a minha roupa de ontem, decidi que seria melhor acorda - las. Ainda bem que elas não eram difíceis para despertar, então elas só agradeceram enquanto se espreguiçavam.

Nós nos arrumamos juntas e descemos para o salão, porque não queríamos nos atrasar no primeiro dia de aula. Infelizmente, não foi tão fácil quanto pensamos que seria.

Primeiramente, a escola era gigante, havia diversas escadas, com certeza mais de 100. Ainda tinha o fator dos fantasmas. Mesmo que diversos fossem legais, como o próprio Nick, alguns eram insuportáveis e faziam questão de nos dar as indicações errada. Um desses era Pirraça.

Pirraça não era exatamente um fantasma, mas sim um poltergeist. Não sei porque, ele fazia questão de atrapalhar a paz espiritual dos alunos. Conosco foi exatamente assim.

- Peguem essa escada, sairá quase que diretamente no salão - Indicou Pirraça, com uma voz simpática

- Ah, obrigada- agradeceu Angelina

Quando descemos as escadas, algumas bolas de tinta caíram do teto. Felizmente, não tocou em nós, elas estavam muito para a direita. Melhor, espirrou um pouco no meu rosto, mas considerando a situação de ter quatro pingos de tinta amarela na minha face ou o arco íris inteiro na minha capa, devo dizer que fiquei feliz com o resultado.

Finalmente, conseguimos chegar no salão. Olhei para a mesa da Grifinória, tentando encontrar Fred e Jorge, mas eu não os achei. Na realidade, não havia visto nenhum dos meninos do primeiro ano.

- Talvez eles já tenham ido para a sala de feitiços - falei, mesmo não acreditando plenamente na frase

- Torça que isso tenha acontecido - disse Alicia, com uma voz descrente

Quando já estávamos acabando o café, cinco figuras cansadas, como se tivessem  vindo correndo, chegaram. Eles se aproximaram e eu perguntei

- O que aconteceu?

Os cinco meninos falaram ao mesmo tempo

- PIRRAÇA

Então eles começaram a explicar. Pirraça tentou pregar a mesma peça com eles. Sendo que, quando eles estavam descendo a escada, Filch, o zelador, veio subindo. Todas as bolas de tinta estouraram nele. Pelo jeito, Pirraça tinha ajeitado o problema de antes. Eles correram com medo de Filch pensar que havia sido eles.

- Indico que vocês levem pra comer algo no caminho. Vocês já estão bem atrasados - Sugeriu Angelina.

- Tudo culpa daquele Poltergeist! - urrou Lino

Eles fizeram o que Angelina tinha dito. Eu estava me perguntando o porquê deles não terem explicado para Filch que não havia sido eles. Fred olhou na minha bochecha e comentou

- Tá amarelo aqui

- Ah, ele tentou pregar essa peça com a gente. Só estourou um pouco de tinta em mim - falei, sem me preocupar muito.

Então ele tirou um pouco da tinta da minha bochecha

- Obrigada - disse, dando um meio sorriso.

Chegamos na sala do Professor Flitwick e eu posso dizer, depois de uma semana, que ele era um dos mais legais. A aula tinha conceitos meio que básicos de feitiços, mas para totais iniciantes, era relativamente difícil.

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