5.1.

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nota da autora: oii, tudo bem??

Antes de iniciar o capítulo de hoje propriamente dito, eu queria dizer que no primeiro capítulo da fic ( O início), eu escrevi como se Vênus soubesse que Sirius havia entregue os Potters, mas eu alterei isso. Na realidade, eu fiquei bem surpresa quando li, porque desde antes mesmo de eu começar a publicar os capítulos, eu sempre pensei como se Vênus NÃO soubesse do "crime maior" de Sirius. Notei que não faria muito sentido, visto que ela tinha dez anos na época, então eu não acho que teria motivos para os pais dela terem dito isso para ela. Além disso, como vai aparecer nos próximos capítulos, essa parte vai ser muito importante para a construção de personagem dela, então eu decidi mudar. Só queria deixar claro antes que alguém não entendesse bem 🤩 inclusive, já alterei o capítulo original para ficar condizente com os fatos que vão ocorrer futuramente. Boa leitura!! ❤️

***

Seria mentira se eu dissesse que depois da briga da volta de Hogwarts muitas coisas na minha casa mudaram. Eu continuava trancada, meu pai não falava comigo e a única pessoa que entrava era Oyfa, minha elfa. Isso já era rotineiro, por assim dizer. O único ponto que havia mudado era meu sentimento pelo meu pai. O que ele havia feito com Gina era um completo absurdo, nunca iria o perdoar pela história do diário. Quando eu pensava nele, eu só conseguia sentir desprezo, mesmo que tentasse evitar esse sentimento a qualquer custo.

Me custava admitir que eu odiava meu pai. Será que eu o odiava mesmo? Odiar é sentir aversão, nojo, abominar. Nossa relação tinha chegado a esse ponto? Pelo o que ele dizia, era isso que ele sentia pelos nascidos - trouxas e ele os odiava, não? Tudo bem que os últimos anos tinham desestabilizado por completo a nossa relação, mas eu recusava a considerar que eu sentia ódio por ele.

Antes de eu entrar em Hogwarts, nós éramos próximos. Não feito eu e minha mãe, que sempre tivemos uma relação incrivelmente amorosa, mas próximos. Mesmo sendo meio duro, ele me fazia rir ( difícil imaginar isso atualmente, a menos que fosse uma risada irônica), me abraçava ( nos dias de hoje, se ele se aproximasse para me abraçar, seria capaz de eu lhe jogar uma azaração) e se preocupava com o meu bem estar ( simplesmente ridículo).

Eu não odeio Draco, muito menos minha mãe. Draco era claramente um menino manipulado pelo meu pai, e eu sentia que minha mãe tinha sido também pelos meus avôs e por minha tia mais velha, Bellatrix. Era difícil imaginar que ela e Andrômeda realmente tiveram a mesma criação.

Toda vez que eu tinha essa conversa comigo mesma, tentava mudar para outro assunto. Não tinha tempo para me importar se eu estava falando com meu pai ou não: estava no quinto ano. Ou seja, cada vez mais o fim da minha estadia em Hogwarts se aproximava. Pensar nisso me deixava, por baixo, depressiva. Já não bastava eu ter meus problemas familiares, ainda tinha os problemas de aprendizado.

Desde o ano passado, havia decidido que iria ter o maior número de NOMs possíveis. Depois da minha conversa com a Madame Pomfrey, percebi que estava inclinada a ser curandeira, um tipo de bruxa que usa a magia curativa.

Para isso, eu precisava tirar notas muito altas, um "Ótimo" ou "Excede Expectativas" em Poções, Transfiguração, Herbologia, Feitiços e Defesa Contra as Artes das Trevas. Mas também queria passar em todos os demais conteúdos, então daria meu máximo para isso.

Um dia, no que devia ser a metade de julho, quando Oyfa entrou para arrumar meu quarto, eu perguntei algo que estava instigando a minha curiosidade há muito tempo

– Oyfa, você sabe onde está Dobby?

A história de Dobby ainda me intrigava. Foi muito corajoso da parte dele ser contrário às ordens dos meus pais, isso era contra a natureza dos elfos domésticos. Não vou mentir, ainda me culpava um pouco por não ter lembrado dele. Isso teria ajudado muito na solução da Câmara Secreta.

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