5.16.

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VOLTANDO...

***

Rony fez um corajoso esforço para se levantar outra vez, mas não conseguiu permanecer. Meus feitiços poderiam ter ajudado, mas ainda não era bom forçar desse jeito, a perna do garoto ainda estava machucada. Lupin adiantou-se para ele, parecendo preocupado, mas Rony exclamou:

– Fique longe de mim, lobisomem!

Lupin se imobilizou. Depois, com óbvio esforço, virou-se para nós e perguntou:

– Há quanto tempo vocês sabem?

– Há séculos – sussurrou Hermione. – Desde a redação do Professor Snape...

– Só seria mais obvio se ele tivesse escrito "LUPIN É UM LOBO" no quadro negro – disse, com os dentes trincados, mesmo que fosse mentira, já que, do meu conhecimento, apenas Hermione sabia.

Sabia que devia ter dito algo, talvez... talvez nada disso teria acontecido

– Ele ficará encantado – disse Lupin tranquilo. – Severo passou aquela redação na esperança de que alguém percebesse o que significavam os meus sintomas. Vocês verificaram a tabela lunar e perceberam que eu sempre ficava doente na lua cheia? Ou vocês perceberam que o bicho-papão se transformava em lua quando me via?

– Os dois – respondeu Hermione em voz baixa.
Lupin forçou uma risada.

– Vocês são as bruxas mais inteligentes da idades de vocês. – constatou Lupin, me deixando ainda mais enojada

– Não somos, não – sussurrou Hermione. – Se nós fôssemos um pouco mais inteligente, teríamos contado a todo mundo quem o senhor é!

– Eu... eu me sinto horrível agora – disse, pesarosa – talvez se todos soubessem, nada disso teria acontecido. Como você pode? Nunca passou pela minha cabeça...

– Mas todos já sabem. Pelo menos os professores sabem.

– Dumbledore contratou o senhor mesmo sabendo que o senhor é um lobisomem?! –
exclamou Rony. – Ele é louco?

– Alguns professores acharam que sim – respondeu Lupin. – Ele teve que trabalhar muito para convencer certos professores de que eu sou digno de confiança...

– E ELE ESTAVA ENGANADO! – berrou Harry. – O SENHOR ESTEVE AJUDANDO
ELE O TEMPO TODO!

Harry apontou para Black, que, de repente atravessou o quarto em direção à cama de colunas e afundou nela, o rosto escondido em uma das mãos trêmulas.

Bichento saltou para junto dele e subiu no seu colo, ronronando. Rony se afastou devagarinho dos dois, arrastando a perna.

– Eu não estive ajudando Sirius – respondeu Lupin. – Se você me der uma chance, eu explico... Olhe...

O professor separou as nossas varinhas e as devolveu a nós. Não iria cair naquele truque, virei minha varinha para ele.

– Pronto – disse Lupin, enfiando a própria varinha no cinto. – Vocês estão armados e nós, não. Agora vão me ouvir?

– Se o senhor não esteve ajudando – disse Harry, lançando um olhar furioso a Black – como é que soube que ele estava aqui?

– O mapa. O Mapa do Maroto. Eu estava na minha sala examinando-o...

Eu travei quando ele disse essa informação

– O senhor sabe trabalhar com o mapa? – indagou Harry desconfiado.

– Claro que sei – disse Lupin fazendo um gesto impaciente com a mão. – Ajudei a prepará- lo. Eu sou Aluado, esse era o apelido que meus amigos me davam na escola.

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