3.2.

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Acordei animada para o embarque de Hogwarts. Draco e eu estávamos tão excitados que até conversávamos na sala normalmente, algo que não acontecia há muito tempo. Havíamos deixado todas as adversidades de lado e agora discutíamos sobre a escolha da casa

- Vocês irão para uma sala, mas depois McGonagall, a professora de Transfiguração e responsável pela Grifinoria - ele fez uma careta com a pronúncia dessa palavra, mas eu ignorei - vai chamar vocês e o chapéu seletor irá selecionar

- E como ele sabe para onde devemos ir? - perguntou Draco, curioso

- Ele lê seus interesses e personalidades, você irá vê. Comigo, ele demorou muito, mas eu não sei se vai demorar tanto com você - expliquei para ele

- Tomara que não, quero ser rápido - ele disse aceleradamente

Nós paramos quando vimos nossos pais se aproximarem. Eles ordenaram que alguns elfos levassem nossos malões para o carro ministerial enquanto entrávamos no mesmo. Ao contrário da maioria das vezes que meus pais me levavam para Hogwarts, o carro estava barulhento. Draco falava como seria incrível o ano, desde o modo triunfal que iria entrar para o time de Quadribol até seu sucesso nas matérias

- Lembre- se também de enaltecer nosso sangue. Em Hogwarts, infelizmente, essa questão não é tão valorizada - falava minha mãe

- Não queremos imprevisto também em relação a casa, ouviu, Draco? Sabemos o nosso verdadeiro lugar - falava meu pai, me provocando, como ele fazia na maioria das vezes que eu estava no recinto.

Chegando na estação, meus pais foram rapidamente até a parede que levava à estação 9 3/4. Passando pelo portal, notei a estação apunhalada de gente, como acontecia na ida para Hogwarts. Sorri, sem intenção, apenas por lembrar que voltava para o meu lugar.  Meu pai se despediu friamente de mim e eu abracei minha mãe.

- Vênus, faça o certo. - disse ela, enquanto eu e Draco nos afastávamos

Entrando no trem, Draco prontamente falou

- Irei me encontrar com Crabbe e Goyle, ok? - ele disse e eu balancei com a cabeça em afirmação

Fui até uma das cabines do final, olhando pela janela para confirmar se meus pais já haviam ido embora. Percebendo que sim, tentava encontrar cabeças ruivas. Olhei para relógio da plataforma, notando que eles estavam atrasados, era 10:50. Exatamente no momento que pensei isso, vi Percy entrando pela passagem. Sai do trem, deixando meu malão e minha coruja marcando o vagão, e fui em sua direção

- Oi, Percy - cumprimentei

- Ah, olá, Vênus. Se você está procurando Fred e Jorge, eles devem estar vindo. Bom dia - falando isso, ele se afastou em direção ao trem. Me esquecia as vezes como Percy era meio esquisito.

Mas a afirmação dele estava certa. Pouco tempo depois, Fred passou e em seguida Jorge. Fui na direção deles e os abracei

- Venham, já peguei uma cabine para nós. - disse, puxando seus braços, sem deixar eles falarem nenhuma palavra.

- Oi, Vênus, tudo bem? Pode soltar nossos braços, conseguimos andar até o trem - falou Fred, brincando.

Eles colocaram as malas e então apontei discretamente para um menino que parecia estar tendo muito dificuldade de colocar sua mala no compartimento. Senti que já havia visto aquele cabelo em algum lugar.

- Olha, ele não está conseguindo colocar o malão - falei

- Vamos ajuda - lo, Fred está colocando nosso malão - Jorge disse e nós nos dirigimos para o menino

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