Iconic.

2.1.

NOTA DA AUTORA: todas os desenhos são de um instagram chamado @_pizzabacon e eles são maravilhosos! muitos deles refletem como eu imaginaria a própria Vênus. Indiquem darem uma passada lá ;))

Com a chegada da segunda, segui o ritual que havia planejado. Primeiro, desci as escadas, vendo se alguém estava por perto. Não notando ninguém, subi e desci novamente, agora com a minha mala. Na lareira, pronunciei "Residência dos Tonks", provocando o giro habitual das viagens por pó de flu.

Chegando lá, só vi Tonks me esperando na sala. Tinha dito o horário provável que chegaria, então acho que ela já havia acordado para me esperar

- E aí, Vênus? - me comprimentou Tonks - sem querer ser grosseira nem nada, tipo adoramos saber que você poderia vir aqui para casa, mas tem certeza que é uma boa ideia?

- Acho que sim, eles passaram o último mês inteiro me ignorando. Nem entraram no meu quarto. Além disso, se eles me chamarem para alguma coisa, eu combinei com uma das elfas para me avisar, então eu poderia voltar para a casa - Tentei tranquilizar Tonks

- Ah, claro, elfos - ela falou. Havia me esquecido que a maioria das casas não tinha elfos domésticos. - Bom, quer comer algo?

Já tinha acabado o café da manhã, quando tia Andrômeda e o senhor Tonks apareceram. Pareciam tão preocupados quanto Tonks em relação ao modo que eu tinha vindo, mas eu já havia tranquilizado os dois.

Mais tarde, enquanto Tonks discutia como estava estudando feito uma condenada para os NIEMS no final do ano, percebi que eu não gostaria de ser Auror.

- O treinamento é muito intenso! Por isso tem poucas vagas e é preciso ser um dos melhores para passar- comentava Tonks

Ela parecia combinar com a profissão, sempre muito elétrica. Com certeza teria a energia suficiente para esse trabalho, afinal  o treinamento para ser auror é muito difícil, pelo que ela disse. Não parecia muito o emprego que eu iria manter para o resto da vida.

Minha rotina na casa era normal. Tinha um quarto apenas para mim, o quarto das visitas, onde eu estudava enquanto Tonks também. Ela me emprestou os livros que tinha do segundo ano enquanto não chegava o dia de eu ir com os meus pais no beco diagonal, na última semana das férias. Quando não estávamos estudando, falávamos sobre os mais diversos assuntos, principalmente sobre o que esperávamos da escola ano que vem

- Esse ano a Lufa - Lufa irá ganhar o campeonato de quadribol e a taça das casas, escreva minhas palavras - afirmou Tonks

- Porque tanta certeza? Acho que a Grifinória sempre é a favorita - repliquei

- Na taça das casas eu não sei, mas no quadribol, não. O time está muito mudado, quase todos se formaram ano passado - eu ia discordar, dizendo que as pessoas que entrariam substituíram no mesmo nível os do ano passado - não quer dizer que a nova equipe não seja boa, quer dizer que é muito difícil uma equipe quase completamente novata ganhar. Talvez ano que vem. Além do mais, esse é meu último ano, eu mereço

Eu ri. O que ela dizia fazia sentido, realmente. O capitão e artilheiro do ano passado, Richard Young, também havia se formado, junto de mais um artilheiro, um apanhador e dois batedores. Talvez esse ano servisse como uma reconstrução e ano que vem fosse nossa real chance de ganhar.

- Bom, se a Grifinória não ganhar, estarei torcendo para a Lufa - Lufa, tenha certeza disso - Disse, sorrindo

- A Lufa - Lufa precisa ganhar. Acho que a melhor colocação da Lufa - Lufa enquanto eu estive em Hogwarts foi o segundo lugar, nem o primeiro.

Também conversava muito com a minha tia Andrômeda, contando minhas experiências em Hogwarts e na minha casa. Ela sempre prestava muita atenção no que eu falava, com os olhos brilhando, típico de quem sentia saudades da escola.