2.4.

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A chegada do clima agradável do março britânico refletia na maioria dos alunos. Faltando ainda um mês para as provas, a maioria começava a estudar mais superficialmente. Eu não podia dizer que essa era a situação dos alunos do último ano

- Vênus, estou enlouquecendo. Não consigo acreditar que está chegando o final da minha vida em Hogwarts. Daqui a dois meses eu irei sair e terei que... trabalhar - tudo na frase de Tonks era triste. Eu e ela estávamos na biblioteca, supostamente para estudar.

- Acho que você deve se divertir enquanto ainda pode. Eu vou lhe contar um segredo, sabe, para você aproveitar mais sua passagem aqui - falei, me sentindo caridosa

- O que é? - ela perguntou, interessada. Tonks não devia achar realmente que eu pudesse tornar sua experiência em Hogwarts mais completa

- Cá entre nós - comecei a sussurrar. - eu e os gêmeos descobrimos como entrar na cozinha de Hogwarts

Sua cara foi de completo espanto

- Como? Eu não acredito.

- Sabe a pintura de frutas perto da entrada do salão comunal da Lufa - Lufa? - a cara de Tonks era de quem estava decorando tudo o que eu dizia - Faça cócegas na pêra. Ela irá abrir uma maçaneta, ali fica a cozinha.

Percebi que ela não estava realmente acreditando. Ou achava a história boa demais.

- Como você descobriu isso? - ela perguntou

- Um bom mestre nunca revela seus segredos. Sério, só acredite em mim, você verá que é verdade.

Seu rosto ainda era de quem não confiava muito no que eu dizia. Então, a puxei pela manga e levei até o corredor da Lufa - Lufa. Se ela só acreditaria vendo, ela veria. Fiz cócegas na pêra, que se contorceu, revelando uma porta. Sua cara não era mais de desconfiança, e sim de espanto.

- Bom, aproveite sua visita na cozinha. Agora, eu preciso terminar um dever sobre a função e as consequências de um feitiço da memória para Filtwick.

Nesse mês, também, os gêmeos decidiram tentar entrar na floresta proibida. Em um fim de semana, pela noite, verificamos o mapa

- Vejam, os professores já estão em suas salas. Ninguém vai nos ver - Tentava me convencer Jorge

- O problema não é apenas os professores! Tem um motivo para a floresta ser proibida! - não acreditava que eles estavam realmente cogitando um passeio pela escura e sombria floresta

- Vênus, estamos decididos. Se você não quiser ir, tudo bem - Falou Fred, se dirigindo junto com Jorge para fora do salão comunal

Mesmo tendo um certo receio sobre o que poderia encontrar na floresta, sentia curiosidade. Não seria realmente possível que tivéssemos tanto azar de algo nós atacar.

- Ok, eu vou - eles se viraram e sorriram, enquanto eu me encaminhava até eles - mas só para supervisionar vocês. Entenderam?

- Se vocês diz...

Fomos às escuras pela propriedade. A floresta tinha muitas... árvores

- O que vocês querem vê aqui? Não tem nada - disse

- Por enquanto, minha cara Vênus. Estamos apenas no começo - falou Fred, misterioso

Nós pronunciamos lumos, numa tentativa de enxergar algo. Caminhávamos por aquele local, eu com medo, no mínimo. Eu tinha pavor de qualquer inseto, e vamos dizer que aquele era o habitat natural deles.

Andávamos pela floresta, que permanecia escura e silenciosa.

- Vocês tem alguma pretensão suicida? O que queriam vê aqui finalmente? - perguntei

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