jex a academia

a verdade sobre yuki

- eu sou uma andróide.
- o que? Perguntei pensando que era uma brincadeira.
- eu sou andróide criado pela T.E.C. ela disse de cabeça baixa.
- você tá brincando não é? isso só pode ser piada.
- n-não não é. ela apertou no meio do peito e saiu uma luz dela.
- eu sou uma andróide, fui criada para aprender a ser uma humana comum.
- mas... porque? porque a T.E.C. Faria uma andróide e colocaria em um quarto com mais três pessoas? ou o Lucas e a yuma
- n-não, sou só eu no nosso dormitório.
- então tem mais alguém além de você? Perguntei.
- todos os dormitórios tem três humanos e um androide.
- mas porque?
- porque a T.E.C. está testando os androides, o objetivo é saber se podemos conviver com as pessoas do mundo sem saberem se somos androide ou não.
- então querem saber se vamos descobrir os androides aqui na Ilha? Perguntei.
- n-não, eles iriam confirmar isso depois do campeonato das quatro ilhas.
Eu fiquei em silêncio por alguns minutos.
- então... você não pode sentir nenhum sentimento? é por isso que você fugiu?
- nossa inteligência artificial é capaz de projetar pensamentos iguais ao de um cérebro humano, nossos corações podem refazer qualquer sentimento, mas o fato de não sermos nada mais que uma máquina... não sabemos se os outros nos aceitariam, isso seria o sentimento do medo. respondeu.
- então vocês sentem
- raiva, medo, frustração, alegria, dor. ela olhou rapidamente para mim. amor... sentimos tudo o que sentem.
- e você fugiu porque pensou que eu não iria entender. Eu me levantei novamente e perguntei.
- porque você não tenta denovo?
- o que?
- tenta me perguntar se eu gosto de você.
- v-você ainda gosta de mim? perguntou de cabeça baixa.
- yuki, mesmo você tendo escondido esse baita segredo, eu gosto muito e você e queria saber se você quer namorar comigo? Perguntei sorrindo.
- mas... você sabe que eu não tenho sentimentos exatamente iguais aos seus, eu sou uma máquina.
- eu não me importo, vou te mostrar que seus sentimentos são tão reais quanto os de um humano. afirmei estendendo a mão.
ela pegou a minha mão e levantou, depois a testa dela se abriu e eu pude ver um pequeno chip.
- pegue este chip, nele está gravado esta conversa, preciso que você esconda ele.
- porque? Perguntei.
- sabe porque não se pode sair do dormitório depois das 02:00?
respondi que não com a cabeça.
- porque dentro das 02:00 as 04:00 nossos chips são verificados, ou seja, eles saberão que eu falei com você e fariam algo.
- mas se você me entregar esse chip eles saberão que você está sem e irão desligar você, se isso for possível.
- eles não saberão. ela pegou outro chip que estava escondido em alguma parte de sua testa. esse chip tem todas as cópias do que aconteceu hoje exeto o que conversamos.
- então você não vai lembrar que...
- vou, só não vou lembrar que eu te falei o que sou, mas vou lembrar que estamos juntos.
respirei aliviado e depois olhei a hora.
- nossa, já vai dar meia noite.
- então vamos para casa.disse me dando o chip e fechando a testa. agora eu vou reiniciar, isso vai levar alguns segundos e depois eu não vou me lembrar do que aconteceu.
- está bem, mas antes. Eu a abracei e a beijei por vários segundos, eu pude ver ela ficando Vermelha.
- o que foi? Perguntei.
- e-eu vou precisar me acostumar com isso. respondeu e fechou os olhos.
Eu esperei por alguns segundos até que ela abriu os olhos.
- o-oque foi? perguntou.
- estamos namorando né? Perguntei.
ela balançou um pouco o corpo e sorriu levemente.
- s-sim. respondeu.
então vamos para casa, está tarde e aqueles dois ja estão sozinhos por muito tempo. falei e voltamos a caminhar.
depois de um tempo ela falou.
- e-eu preciso te contar uma coisa. disse abaixando a cabeça.
- se for algum segredo e você achar que pode ser perigoso ou não achar que está na hora de falar então não se preocupe, não a nada para me dizer agora. respondi.
- o-obrigada. respirou aliviada.
quando chegamos ao prédio ela perguntou.
- o-o que eles estavam fazendo?
- coisas de namorados. respondi.
- e-então nós também...
- calma. falei colocando a mão em seu ombro. Eu não farei nada até você estar pronta para isso.
ela ficou vermelha e depois beijou minha bochecha.
- ei, somos namorados. disse lhe beijando, ele ficou toda vermelha e depois sorriu.
- vamos entrar? Perguntei.
- vamos. respondeu abrindo a porta.
- chegamos! gritei para os dois ouvirem.
- hunter, da um segundo aí na sala que já vamos. respondeu yuma.
- e-eu vou preparar o jantar disse yuki indo para a cozinha.
- e então? como foi a noite aqui? Perguntei ao ver os dois pombinhos saindo abraçados do quarto.
- maravilhosa! respondeu lucas. mas e você, como foi o passeio?
- ele sem duvida foi cheio de surpresas. respondi me lembrando de tudo o que descobri.
- e o que aconteceu? você parece diferente. perguntou yuma.
- aconteceu que eu descobri várias coisas, e a principal foi os pensamentos e sentimentos de yuki. respondi sorrindo.
- então vocês estão...
- namorando? completou yuma.
- s-sim, estamos juntos! afirmou yuki saindo da cozinha e me beijando.
- viva! gritou yuma. precisamos comemorar, yuki comprou tudo o que é necessário para fazer um bolo, nós duas vamos preparar enquanto vocês vão conversar lá no quarto.
- ok.respondi. vamos.
assim que chegamos no quarto eu perguntei.
- e então? como foi.
- incrível! eu estou perdidamente apaixonado pela yuma, ela é bonita é divertida, é inteligente.
- é, mas tem um gênio forte, cuidado. falei.
- não se preocupe, eu sei domar uma fera selvagem. respondeu batendo no peito.
- sei, e agora, como vai ser a nossa convivência por aqui? Perguntei.
- como assim?
- é que eu não quero que você e perca a minha amizade por ciúmes e nem eu quero ter ciúmes de você.
- porque eu teria ciúmes? perguntou.
- Lucas, são dois homems e duas mulheres no mesmo lugar, acidentes acontecem, e eu não quero perder sua amizade, até porque você sabe que eu gosto da yuki e você da yuma.
- e que tipo de acidente poderia acontecer? perguntou.
- imagine que você quer usar o banheiro, mas a yuki esta tomando banho e você não sabe, e vai que ela não trancou a porta, aí você entra e vê ela pelada.
- ah, esse tipo de acidente... bem eu pediria desculpa e sairia do banheiro.
- tá e se nessa hora eu entro em casa e vejo essa cena? Perguntei.
- é, pegaria bem mal. respondeu de cabeça baixa.
- então, é desse tipo de acidente que eu estou falando, é por isso que eu quero propor um trato.
- que trato?
- se algo assim acontecer, o outro tem que ouvir a explicação dos envolvidos.
- está bem, e também tem que lembrar que você gosta de yuki e eu dá yuma.
- concordo. disse e apertamos as mãos.
- meninos, o bolo está pronto. gritou yuma.
- vamos? Perguntei
- vamos!
ao chegar na cozinha vimos um bolo vermelho em forma de coração.
- feliz começo de namoro!! falaram as duas.
- vai ser a melhor parte de ficar nesta Ilha esta ano. respondeu lucas.
- é...vai sim. falei olhando para yuki que ficou vermelha.
- yuki, não fique mais vermelha que o bolo! brincou yuma cortando um pedaço e entregando a lucas.
- vamos festejar. falamos juntos.
quando deu 02:22 fomos para a cama, eu fingi dormir até ver yuki levantando e saindo.
depois eu peguei no sono.