Capítulo 45 - As Novas Flores Na Vitrine

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Já passa da hora do almoço quando Ana acordou na casa de Bruna. Mesmo não tendo bebido nada alcoólico, ela sentia-se indisposta e muito cansada.

— Vamos pedir uma pizza?- sugeriu bruna, também acordando aquela hora.

Ana concordou e, ainda deitada, começou a fazer um balanço sobre a noite passada. Não aconteceu nada de espetacular: apenas se divertiu o que tinha que se divertir com as amigas, beijou dois rapazes e estava feliz com isso. Bem, não poderia esperar nada que isso.

Contou para as amigas todas as novidades da nova cidade e da nova casa, além de contar sobre Juca e Jeff.

Para as amigas, aquilo foi confuso de se entender e Ana não achou estranho o estranhar das amigas sobre isso. Quando Juca contou seu estilo de vida pra ela, Ana também achou ruim e, talvez pela primeira vez, Ana teve a empatia sobre Juca e tudo. Era como se ela agora passasse por isso. Mas as amigas se divertiram com o que Ana contava, em nenhum momento houve repreensão.

*****

Ana voltou para Teles Silva.

Ainda de carro, Ana deu uma volta pelo centro circular. Não era um centro grande, como já foi dito, conseguiu ver quase toda a cidade em poucos minutos.

Ela não sabia o porquê, mas sentia uma grande vontade de ver Juca, conversar com ele, falar como foi o final de semana com as amigas. O coração dela disparava de ansiedade em pensar nisso. Será que se eu passar um pouquinho na floricultura irá atrapalhá-lo?

Enquanto ficava pensando nos pós e contra de ir ou não à loja ver Juca, Ana deu mais de cinco voltas na rua das magnólias. Pode ser a hora dos dez minutos de café dele. Assim posso acompanhar e tomar um pouco de café. Estou precisando.

Mas, Ana estava tão ansiosa e com a cabeça pensando milhares de coisas que, somente na décima volta que dava na rua das magnólias que foi perceber as vitrines da floricultura. Toda a loja estava cercado de buquês e vasos com flores begônia. Em toda as partes tinham as flores, vermelhas e rosas.

Ana freou o carro abruptamente, de repete seu sorriso murcha, seu coração dispara e sua respiração fica ofegante. Flores em destaque na vitrine.

Ana sabia o que aquilo representava. Sentiu seu corpo arder e a sua face ficar quente. Sim, ela sabia; era uma dedicatória, como todas as outras que aconteceram. Assim como Ana foi as tulipas roxas. Era tudo muito claro.

Agora, havia as begônias em todas as partes. Eram as flores do momento. As flores todas têm seu momento.

Engolindo em seco, Ana sai com o carro bem lentamente. O que era uma mente com um turbilhão de pensamentos, agora era uma mancha confusa. Ela não sabia o que pensar nem como agir naquele momento. Ficou zanzando com o carro nas ruas do comercio circular, mas sem voltar para a rua das magnólias.

Os planos todos que fazia em ver Juca de repente tornaram um furação ameaçador. Ela estava confusa e com o coração disparado, a boca seca. Não esperava aquilo que viu, se é que viu alguma coisa de mais.

Pode ser coisa o senhor Antônio, que decidiu vender aquelas flores.

Não, Ana, não pode. A mensagem é clara. Clara como foi bem explicada. As flores com destaque na loja só significa uma coisa: que Juca está interessando em outra moça e dedicou a ela aquela flor.

Ana estacionou o carro de qualquer modo assim que chegou à rua 5. Não estava concentrada o suficiente para guardar o carro.

Foi quando viu a senhora Mércia andando por ali com o cachorro Zé e com um jarrinho de flores. Sim, com aquelas flores: as begônias.

Todas as Paixões de Juca AomiOnde histórias criam vida. Descubra agora