Capítulo 5 - Neuras e Paranoias

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Ana ficou em choque por alguns minutos consecutivos. Toda sua esperança daquela presença já janela da frente a observar não era só neurose ou cansaço de mudança. De fato alguém na casa da frente ficava de olho dela pena janela do segundo andar.

Ela estava como que escondida atrás da porta, já que sua janela não tinha cortinha e não podia ficar mais protegida lá.

Só naquele momento percebera que havia cortado o dedo com um caco de vidro de um dos pratos quebrados na caixa. Ficou tão em pânico que não percebera, tão pouco sentiu dor. Só agora via sangue que dele escorria.

Correu para o banheiro, sabia que tinha, desde que chegara a casa, colocado ali um kit de primeiros socorros. Fez a limpeza do corte o colocou um curativo.

Se olhou no espelho; via seu semblante e olhar de medo. O que será que ele quer? Será um tarado? Um serial killer? Um esquartejador de novos moradores da cidade? Queria, de alguma maneira conversar com sua avó que por toda a vida morou ali e perguntar quem eram seus vizinhos da frente, ou melhor, que era aquele seu vizinho da frente, mas a avó não estava ali.

Até sua fome tinha passado. Mas ela não tinha nem almoçado nem jantado, precisava comer alguma coisa. Pensou na senhora Mércia, da rua 3, mas lembrou que não anotou nenhum contado telefônico dela, apenas sabia seu endereço. Será que é segunro eu sair daqui a até a casa da senhora Mércia? O que iria falar para a senhora quando o visse? Que havia um louco tarado maníaco que a observava da janela do seu quarto? A senhora Mércia acreditaria nela? Ou poderia simplesmente acusá-la de querer causar pânico e deserdem na cidade?

Quem era esse cara? O que ele queria?

- Calma, Ana. Talvez seja apenas um vizinho curioso por saber quem é sua nova vizinha. Isso é normal, cidade pequena qualquer pequeno movimento causa curiosidade de todos. Tudo normal

Então ela deveria ir na casa a frente e conhecer seu vizinho? Ela se perguntou. O que falaria quando lá chegasse? Oi, sou sua nova vizinha e queria saber porque você fica me espionando pela sua janela. Não, não podia fazer isso. Não agora. Precisava ficar só calma e arrumar as coisas em casa. E comer algo, estou tão faminta.

*****

Ana tentou ocupar a mente arrumando o que tinha que arrumar em casa, assim não ficava se preocupando com seu observador na casa a frente.

Já sentia-se sem forças, estava com tonturas de fome, precisava, urgente, comer algo. Era um ótimo momento para explorar um pouco mais a cidade. Tenha calma, Ana, tudo vai dar certo. Essa cidade é pacata e nada de ruim irá acontecer com você...

... cidade pequenas sempre aparecem nos noticiários policiais devido a crimes hediondos e macabros...

... pare já com isso, Ana. É só um rapaz curioso...

... serial kilers, pessoas calculistas...


Todas as Paixões de Juca AomiOnde histórias criam vida. Descubra agora