Marcela é uma médica renomada e nacionalmente conhecida por sua rede de hospitais e trabalhos voluntários. Gizelly é uma assassina profissional e 100% focada em seu trabalho e nunca se apaixonou. O que fazer quando o amor revela uma nova personalida...
Que porra acabou de acontecer? Gizelly se perguntava, enquanto se encostava na porta do elevador após apertar o nome de seu andar. Ela aproveitara que amiga de Marcela havia a distraído e fugiu. Literalmente. Normalmente, esses momentos eram perfeitos pra entrar na vida da pessoa e conhece-la melhor, seus hábitos, seus amigos, tudo para que possa executar seus planos com maestria e sem deixar rastros. Mas dessa vez era diferente, ela... sentia? Sentia vontade de beijar a loira, de passar a mão por cada parte de seu corpo, de se deliciar com seu perfume. Ela nunca havia sentido nada assim, nem com as pessoas mais exuberantes e difíceis que havia levado para a cama. O que estava acontecendo? Quase não viu quando o elevador parou em seu andar, deve ter ficado alguns minutos ali parada, antes de abrir a porta. Decidiu tomar um banho gelado para esquecer as emoções e voltar à realidade. Isso só pode ser tesão acumulado, concluiu ela com absoluta certeza. Afinal, não podia negar: Marcela era uma deusa e encantava a todos por onde passasse. Depois de abrir a porta de seu apartamento, se jogou no sofá e pegou seu celular. Muitas mensagens das meninas chocadas que ela estava na cidade e não havia avisado. Havia postado fotos das paisagens nas redes sociais e se esquecera completamente de avisá-las. "Estava lotada de trabalho, já cheguei tendo que resolver mil e um pepinos, me desculpem. Podemos nos ver amanhã?" digitou e enviou para o grupo. Não estranhou ao receber retorno confirmando instantaneamente às 4h da manhã pois eram todas da madrugada. Abriu seu Instagram e decidiu postar mais algumas fotos que tirara por São Paulo. Escolhera usar o nome Giovanna porque poderia ser chamada o apelido de Gi tanto para as amigas quanto para quem não sabia seu nome verdadeiro, então criou o Instagram com o apelido.
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Colocou o celular sob a mesa de centro e decidiu tomar um banho gelado pra esquecer todas as sensações estranhas que sentira. Deixaria para pensar nos próximos passos depois, estava morta de cansaço. Mas, logo após o banho, não conseguia dormir. Fechava os olhos e podia sentir o perfume da loira, seu toque, seus olhos olhando-a fixamente. Rolava de um lado para o outro da cama, mas só conseguiu realmente dormir às 7:15, quando o corpo cansado venceu a batalha.
(...)
Eram 10:00 quando o alarme do despertador soava estridente no ouvido de Marcela, quando ela - resmungando e xingando - desligou e virou para o outro lado da cama. Havia apenas algumas horas que pegara no sono, chegou da festa às 6:30 mas só dormiu às 8:20. Não conseguia parar de pensar em Giovanna, a morena misteriosa que conhecera na festa. Mari e Bianca lotaram-na de perguntas sobre a mulher, e Marcela desviava de todas. Não estava afim de conversar sobre. Sendo sincera, ela não sabia o que falar. Era fato: as duas tinham uma conexão, uma energia, fora do comum. Em apenas 1 noite com Giovanna, sentira mais química do que os 5 anos que passara com Daniel, seu ex. Seria possível? Será que a jovem morena havia sentido o mesmo? Provavelmente não... Por que fugiria se fosse recíproco? Afinal, por quê ela havia fugido? Será que eu fiz alguma coisa? Acho que eu fui longe demais, nem nos conhecíamos e já puxei pra dançar e quase beijar... Pensou, enquanto se lamentava, pois poderia jurar que Giovanna dera sinais positivos de que retribuiria o beijo. Decidiu não pensar mais naquilo, se fosse pra acontecer, seria. Sua fé no destino era mais forte que tudo. Não sabia nada da moça além do nome - nem mesmo da amiga que havia ido com ela, para Bianca tentar encontrar - mas o destino sempre dá um jeito. Com esse pensamento, decidiu voltar a dormir, pois ainda estava exausta. Era domingo e não tinha nenhum plantão, o dia perfeito para descansar. E assim o fez.
(...)
Enquanto almoçava, Gizelly fuçava as redes sociais de Marcela, anotando em seu caderno todas as informações que considerava importante: a médica era dedicada ao trabalho, passava horas no hospital e raramente tinha folga ou mesmo férias. Percebeu que ela não era de sair muito, Bianca deve ter insistido muito para que conseguisse tirá-la de casa. Ao terminar de comer, olhou no relógio e se assustou: estava atrasada para o encontro com suas amigas. Haviam combinado às 16:00 de se encontrarem no shopping, apenas para se verem e matarem a saudades. Trancou tudo correndo enquanto chamava um Uber e desceu às pressas, se dirigindo ao carro que já estava a postos.
Chegou no ponto de encontro do shopping e as amigas já estavam sentadas, esperando. — FINALMENTE a madame apareceu! - dizia Rafa, correndo abraçá-la. — Achei que você ia fugir da gente, Titchela. - falou Manu, rindo e já puxando para o abraço. — Ai gente, desculpa, tava toda atrapalhada com trabalho e me perdi nas horas. — Pra variar, né dona Gizelly? Elas sentaram na mesa novamente para papear. — E a vida amorosa, nada? Ou tá escondendo da gente? — Tá doida, Manu? Eu mal tenho tempo pra mim, imagine pra outra pessoa. - disse, com uma certa tristeza pela primeira vez. Sempre gostara de ficar sozinha, até mesmo pelo seu emprego, mas dessa vez algo a chateou. Pensou ser por ouvir as amigas tão felizes falando de seus relacionamentos. — Daí ele disse que me ama... Gizelly? Tá me escutando? — Oi Rafa, tô sim. Você estava falando sobre como está apaixonada pelo Caon. — Amiga eu tô tão feliz! Ele é perfeito. - dizia com empolgação. — Eu fico tão feliz por você, Rafa! - respondeu Manu, sorrindo de orelha a orelha. — Eu também! Você merece! - concordou Gizelly. As amigas continuaram conversando por horas a fio, até anoitecer. Realmente colocaram o papo em dia.
Depois do encontro, Gizelly foi direto para casa. Tomou banho e foi procurar seus próximos passos e aproximação com Marcela: achou uma notícia, dizendo que dali há dois dias teria um evento beneficente no hospital que ela trabalhava atualmente. Dessa vez não terá bebidas e nem danças pra me distrair como da última vez, pensou enquanto se aprontava para dormir.
(...)
Marcela andava toda atrapalhada nessa semana com as preparações do evento beneficente que não pensara mais em Giovanna, a morena sensual da festa. Até aquele momento: estava atoa nas redes sociais e achara ao acaso o perfil dela no Instagram. Gi Hurricane. Furacão? Definitivamente combina com ela, pensou com um sorriso. Era discreta, a única foto dela que tinha na conta era a foto de perfil. Muitas fotos de paisagem, lindas por sinal, mas absolutamente nenhuma dela e nem de amigos. Nem mesmo stories ou destaques... Estranhou. Será que ela namora e, por isso, fugiu? Com esse pensamento, decidiu não seguir. Guardou o celular e foi tomar um banho relaxante, andava muito estressada com os preparativos da festa, que já estava próxima. Apenas mais um dia.
Queria agradecer todo mundo que tá comentando e gostando da fic, fico muito feliz! E queria também avisar que eu ia atualizar a AU no meu twitter, mas o bonito me suspendeu 😭 se quiserem falar comigo, tô em outra conta: @hesaidclara!