O dia seguinte

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Marcela estava determinada em fazer Gizelly sentir o orgasmo potente que a morena a dera. Ela tivera diversas relações sexuais, mas nenhuma tão boa logo de primeira como a que acabara de ter, por isso se empenhou em devolver. Começou lambendo o mamilo de Gizelly enquanto passava a ponta dos dedos e a unha lentamente por todo o corpo que estava embaixo do seu, seus dedos e sua língua seguindo o mesmo ritmo. Gizelly já começava a dar leves gemidas.

— Porra Marcela, você quer me matar? - disse, enquanto mordia os lábios sentindo toda aquela sensação de quero mais.

Marcela sorriu com a súplica e começou a dar fortes chupões no seio, enquanto masturbava Gizelly, que passou a gemer mais alto. 

Enquanto estimulava o clitóris com os dedos, Marcela desceu a boca e começou a chupá-la. A língua ia de um lado para o outro, explorando o sexo de Gizelly, que segurava a fronha com toda força enquanto gemia cada vez mais alto. O que só incentivava Marcela, determinada a dar o melhor orgasmo da vida da morena. 

Em alguns minutos, Gizelly teve um espasmos e gozou na boca da Marcela. A loira sorriu e subiu com a cabeça para dar um beijo na outra, que ofegava de olhos fechados.

Marcela, então, se jogou do lado de Gizelly na cama e puxou-a para si. Um encaixe perfeito. Gizelly não gostava de ficar agarrada pós sexo mas, estranhamente, gostou da sensação. Ficaram ali, abraçadas, até pegarem no sono.


(...)


O sol entrava fraco pela abertura da janela quando Gizelly despertou, ainda atordoada pela noite que tivera. Olhou para sua barriga e viu as mãos da loira repousando ali, tirou-as com delicadeza e se levantou. "Parece um anjo dormindo."  Pensou Gizelly ao virar para cobrir a médica, que resmungou de leve mas voltou a dormir calmamente. A loira tinha uma expressão de leveza e até uma leve alegria no rosto, percebeu Gizelly.

Ela se encaminhou para o banheiro e adentrou direto no chuveiro para um banho rápido. Ao sair, vestiu uma blusa e uma calcinha e foi preparar o café da manhã para ambas. 

Uma das coisas que Gizelly mais gostava na vida era seu momento de cozinhar, colocava uma música e dançava - ou tentava - enquanto preparava a comida. Ao se virar em uma de suas coreografias, deu de cara com Marcela enrolada no lençol encostada no batente da porta, sorrindo.

— Que susto caralho! Quanto tempo você tá aí? 

— Bom dia pra você também. Eu tava admirando a performance... Ou seja lá o que fosse que você tava fazendo. - disse Marcela, rindo, enquanto se encaminhava até Gizelly para dar um selinho.

— Engraçadinha. Senta aí que eu fiz o café da manhã, panqueca com suco de laranja. Mas tem café puro ou com leite se quiser. Não te acordei porque você estava dormindo toda serena, ia levar na cama. - dizia Gizelly, enquanto mostrava tudo que tinha para comer.

— Aí que delícia, tô me sentindo uma rainha! Ou você trata todas assim? E que negócio é esse de dormir serena? Meu irmão diz que pareço um cadáver dormindo. - Marcela falava, sentada, enquanto pegava um copo para beber o suco.

— Trato bem só quem merece, minha princesa. E credo, você parece tudo menos um cadáver. Não que eu já tinha visto... - Gizelly dizia quando derrubou o copo que tinha na mão. 

— Porra! - foi se abaixar para pegar os cacos e acabou sem querer se ajoelhando em um deles, que logo começou a sangrar. 

— Calma Gi, deixa eu ver isso. 


Marcela levantou, ainda enrolada no lençol, enquanto Gizelly se sentava na cadeira. Ela se abaixou para ver o machucado e viu que havia sido apenas um arranhão de leve. 

— Que bela visão. - disse Gizelly, de forma maliciosa, olhando pra loira ajoelhada entre suas pernas.

— Ai Giovanna, tomar no cu. Foi só um arranhão, onde tem band-aid? Vou pegar pra você.

— Não precisa Marcela, não tô inválida. Você mesma disse que é só um arranhão.

— A médica aqui sou eu. E você me fez um café da manhã, não me custa te ajudar. 

— Que drama... Tá, tá! Embaixo da pia do banheiro, uma caixinha de primeiro socorros. 

Antes mesmo de terminar de falar, Marcela já estava com a caixa em mãos voltando para Gizelly. Ela colocou o band-aid e voltou a se sentar para terminarem de comer. 


— Olha, queria te falar que eu não sou de transar assim com tamanha facilidade viu? Não que eu tenha algum problema com isso, mas nunca transei antes de um primeiro encontro. Sem nem conhecer a pessoa direito. - disse Marcela, enquanto cortava um pedaço de panqueca.

— Eu entendo. E por que transou comigo? Se não for um problema pra você falar...

— Eu não sei te dizer, pra ser sincera. Você vai me achar doida, mas eu tenho a sensação de que já te conheço. Não sei se você acredita em outras vidas...

— Não acredito, mas eu te entendo. Eu também tive essa sensação, pra ser bem sincera. 

Sincera. Gizelly estranhou assim que terminou a frase. Ela não era sincera com ninguém, nem com seus amigos. Não falava de sentimentos e, de repente, tava sendo sincera com Marcela? Mas era exatamente sobre isso: ela se sentia a vontade, como se já a conhecesse. Não saberia explicar. 

— Bom, mas enfim... Você ainda não me conhece. Eu ainda não te conheço. Que tal um encontro para nos conhecermos? - disse Gizelly, espantando todos os pensamentos e sensações que passavam por ela naquele momento.

— Topo! Pode ser amanhã a noite? Terminando de comer aqui vou direto pro hospital resolver umas pendências.

— Fechado, amanhã a noite. 


Elas terminaram de comer, Marcela tomou um banho rápido e se arrumou antes de sair, se despediu com um beijo rápido e se foi.

Assim que entrou no elevador, ambas refletiam sobre a noite que passara. Nenhuma saberia explicar o que tinha acontecido, mas ambas tiveram o mesmo pensamento: a noite foi incrível e mal podiam esperar pelo amanhã. 

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