RESUMO:
Serena Smith tentava a todo custo manter a sua alma livre das marcas e feridas da sua vida fodida. Ela tinha uma única razão para viver, o que ela não sabia, era que essa razão seria tirada da sua vida de uma forma brutal por um homem de san...
Oláaaa queridos leitores estou aqui de volta com mais um capítulo forte e com uma perspectiva diferente da que estamos acostumados hein!?
Só tenho a agradecer a vocês pelos comentários maravilhosos sobre o livro, espero muito que todos estejam gostando, porque eu estou amando escrever.
Espero que gostem do capítulo de hoje !!
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Observei a lua e a escuridão da noite na grande varanda da minha suíte, a brisa fria e fresca da madrugada indicava que em breve mais um dia estava prestes a se iniciar. Eu estava escorado no peitoril da varanda a tempo suficiente para extravasar um pouco da minha raiva e frustração. Retornei à Itália a exatos dois dias para resolver a questão do casamento e alguns assuntos que estavam pendentes. Serena Smith estava sendo uma pedra em meu sapato, ela estava sendo vigiada bem de perto por homens de minha extrema confiança até o dia do nosso casamento.
Sinto os nós dos meus dedos arderem dando sinal de vida, era um aviso claro que passei dos limites com aquele desgraçado que ousou invadir o meu território recentemente. Um vento mais forte bate em meu rosto bagunçando os fios dos meus cabelos negros e os obrigando a cair desgrenhados em minha testa. A brisa da madrugada trouxe consigo o cheiro metálico característico do sangue fresco que estava impregnado em mim.
Olho para as minhas mãos e o sangue do miserável estava começando a secar em minha pele, saio da varanda e sigo em direção ao banheiro do quarto. Com passos decididos atravesso o grande ambiente e adentro o banheiro, tomando cuidado para não sujar o carpete com os pingos de sangue que insistia em encharcar as minhas roupas.
Olho para o meu reflexo no grande espelho, enquanto me livro das roupas sujas. Geralmente torturar era a minha válvula de escape, era uma forma de me desligar e de alguma maneira extravasar as minhas energias acumuladas. Era simplesmente algo que o meu mostro interior desejava e ansiava, o cheiro de sangue fresco era maravilhoso.
A sensação de poder que se instalava em mim ao ver o mais forte dos homens implorar de joelhos por piedade e clemência era indescritível. Ver o medo cru passar pelos olhos da vítima em uma busca desesperada pela sobrevivência, mesmo que essas chances fossem totalmente nulas. O medo era algo intrigante, quando uma pessoa está no ápice dessa sensação ela exala um maldito cheiro que deixa rastros claros e inconfundíveis.
Eu evitava incluir em meus planos inocentes e terceiros que não tinham nada a ver com o nosso mundo, mas as vezes perdas são necessárias e se fosse importante ou se precisasse eu não hesitaria em tirá-las. O prazer não estava em tirar a vida do outro e sim em participar do ato em si e particularmente eu gostava de fazer isso bem lentamente, ainda mais se fosse com algum desgraçado traidor. Afinal, é meu território, minhas decisões, sou eu que decido se está na hora de acabar o show, sou eu que dou a última palavra e a sentença final.
