Parte I

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História Registrada em Cartório.

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Estou sentada a meia hora olhando para o livro de Manual de Diagnostico, sem a mínima coragem de estudar; escuto meu irmão cantando Haikaiss no outro cômodo, para alguém que trabalha em um escritório de advocacia seus gostos são bem peculiares. Meu irmão é mais velho do que eu, tem 27 anos, enquanto eu acabei de completar meus 18; estou no começo da faculdade de medicina, e mesmo sendo a caçula, sou bem mais responsável do que ele.

Eu tenho 1,64 de altura, os olhos castanho claro e meu cabelo é castanho escuro, amo meu sorriso, por isso corro de coisas que me fazem chora. Talvez seja por isso que eu nunca tive um relacionamento, todo esse drama de está apaixonado me cansa e me da enjoo, minhas amigas vivem em um dilema de sofrência que me causa náuseas, ainda tenho que ser a conselheira, com um total de zero experiência com garotos, nunca me envolvi com ninguém, os amigos do meu irmão é o mais próximo de contato com garotos que eu tenho, vivem aqui na casa e apesar de serem legais e bonitos, nunca tive sentimento por nenhum deles.

Estou aqui estudando, para falar a verdade tentando, enquanto ele com certeza está se arrumando para ir em alguma balada nova.. Ele literalmente já deve ter ido em quase todas as baladas daqui de São Paulo, eu nasci em Pernambuco mas me mudei para cá com meu irmão, meus pais continuam morando lá, somos de uma família classe media, depois que meu irmão se formou em direito tudo melhorou para nossa família, ele que me sustenta aqui em São Paulo, convivemos muito bem.

-Clara?- meu irmão grita. Ele e sua mania de achar que sou surda.

-Oi! - saio a procura dele e o vejo em seu quarto parado em frente ao guarda roupas.

-Vou sair daqui a pouco, abriu uma nova balada, eu e meus amigos vamos dá uma olhada no lugar.- Como sempre festas, meu irmão não se cansa de sair tanto, meu pai do céu. Reviro os olhos e ele sorrir.

- Você vai voltar hoje?- não quero passar essa noite só, ultimamente ele tem saído bastante e tem me deixado aqui, sozinha.

- Vou sim maninha, trabalho amanhã, esqueceu? - me dá um beijo na testa.

- Eu não, mas você depois que beber, vai esquecer ate onde mora. - rir fraco. Ele sabe que essas festas me incomodam. Que não gosto muito dessas baladas de filhinhos de papai que nunca precisaram bater um prego para conquistar absolutamente nada.

- Muito engraçada você. - ele me olha fazendo careta. Devolvo a careta, e começamos a rir juntos.

-Algum amigo seu vai dormir aqui?- meu irmão sempre trais alguns amigos para cá depois das festas. E de certa forma estou meio acostumada com isso, conheço a maioria dos amigos dele, mas os que sempre saem com ele são o Tiago e o Guilherme, Guilherme também se tornou meu amigo, teve um tempo que ele passou praticamente um mês aqui com a gente.

-Não, eu volto logo, você quer alguma coisa?- ele e seu cuidado fofo comigo. Nunca deixou faltar nada, pelo contrário, tudo que sempre quis, ele me deu. Acho que ele quis me dar o que ele nunca teve.

-Não, não... estou bem!- abraço ele.

-Qualquer coisa me liga!- me beija na testa mais uma vez e vai embora.

Olho para o relógio já são 1:30 da manhã e nada do meu irmão, decido ligar pra ele, cai na caixa postal, eu já estou nervosa.

-Droga Pedro, você disse que não ia demorar, você tem trabalho amanhã... quem sai em um domingo para encher a cara? - deixo o recado e desligo a chamada.

Escuto a campainha tocar, deve ser ele bêbado, porque se não ele já tinha entrado, me direciono a passos largos e firmes ate a porta, estou chateada. Quando abro a porta me deparo com o cara mais lindo que já vi, olho para ele e contemplo aquele deus grego que saio direto de Hollywood e veio parar na minha porta, tatuagens no braço, uma no pescoço, olhos castanho claro, corpo perfeito e um sorriso lindo, e por um segundo esqueço que estava desesperadamente atrás do meu irmão e fico ali parada olhando para ele, ate que desço minha vista e percebo que ele está segurando meu irmão. Meu irmão esta apagado, completamente bêbado. Como de se esperar.

-Meu Deus, que merda, Pedro você tá de brincadeira né?- me estresso. Me agacho próximo ao meu irmão.

-Ei, Calma boneca, ele só bebeu um pouco.- quero rir de nervoso quando escuto ele me chamar de boneca.

-Cara, você fica na sua. -ele começa a rir, sério? Só pode ser uma brincadeira, penso em ofender ele, logo esqueço quando olho para o meu irmão. Que estado de merda ele se encontra, todo vomitado e sem conseguir manter seu próprio corpo, ele se superou, nunca chegou assim em casa.

-Você pode colocar ele no sofá? Por favor.- me levanto e dou passagem para que ele possa carregar meu irmão, ele não parece fazer nem um esforço enquanto carrega meu irmão até o sofá, realmente esses músculos não são anabolizantes. Coloca ele no sofá e se vira para mim - Esse cara tem sorte de ter uma mulher como você!- ele pensa que sou mulher do meu irmão, é o cúmulo isso.

-Eu não sou mulher dele, sou irmã! - falo um tanto irônica. E me direciono até a porta, esperando que ele me acompanhe sem que eu tenha que pedir que ele se retire.

-Ah, melhor pra mim.- ele me olha de baixo para cima e para nos meus olhos, fico toda desconcertada enquanto ele me lança um belo de um sorriso cafajeste. Eu fico vermelha e aponto para saída, ele começa vir na minha direção, para bem na minha frente enquanto segura o olha ao meu, me afasto e ele então sai, assim que se afasta ele se vira para mim... e quando faz que vai voltar de novo; eu fecho a porta na cara dele, eu não sei porque, acho que foi a força do habito. Ou talvez por não saber quem é o estranho que estava com um cara bêbado nos braços e o trouxe em casa, de qualquer forma, tenho que me prevenir. Hoje em dia ninguém conhece ninguém e eu não sei se seria bom conhecer alguém como ele, não me parece um cara bom.

-Meu nome é Kaio.- ele grita do outro lado. Prendo a respiração involuntariamente.

-Obrigado Kaio!- grito de volta e o escuto rindo, até o riso dele é extremamente sexy, finalmente escuto indo embora.

Agora me encontro mais uma vez sendo a "mais velha" da casa. Olho para meu irmão e o vejo falar coisas sem sentido, típico de bêbado.

-Ei maninho, que voltinha em... - me sento no chão, próxima ao sofá. -Como que eu vou conseguir te dar banho? - tento mover ele, sem sucesso. Por fim acabo deixando ele dormi no sofá, um castigo, ele tem que aprender a beber socialmente, voltou parecendo uma cachorra, carregado.

Tento pegar no sono, mas a imagem dele não sai da minha cabeça. - Que cara chato, me deixa dormir. - solto alguns palavrões e me reviro varias vezes na cama. - Clara volta pra terra. – sussurro para mim mesma, não consigo dormi. Olho para o lado e lá está o lindo e maravilhoso livro de Diagnostico, minha madrugada vai ser com você baby.

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O Amigo do Meu Irmão ( 1° Livro ) EM MANUTENÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora