Capítulo 25

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— Está nevando, Gukkie! — Estendi a mão e capturei um pouco da neve que caía sobre nós. — Não acredito que estamos vendo juntos!

Jeongguk caminhava atrás de mim com um sorriso mínimo nos lábios. Nós dois decidimos crer na previsão do tempo noticiada pelo jornal a respeito da primeira neve de inverno e lá estava ela, caindo como chuva sobre nós. Rapidamente os fios negros do Jeon foram ganhando uma coloração esbranquiçada, assim como ambiente à nossa volta.

Seonchon Village foi a nossa escolha para passarmos o dia juntos. A vila era repleta de casinhas antigas e ruelas e becos apertados, destoando completamente dos prédios modernos em volta. Passamos por muitas barraquinhas de comidas e parei em várias delas, experimentando os pratos que dificilmente encontrávamos na correria do nossa dia a dia. Jeongguk me acompanhava esporadicamente dando mordidinhas aqui e acolá. Tinha certeza de que ganharia pelo menos um quilo a mais hoje visto que ainda iríamos encontrar o restante dos meninos em uma churrascaria nova em Itaewon que o Jimin não parava de falar sobre.

— Vamos parar aqui um pouco — pedi ao notar a galeria de arte ao ar livre. 

Esse era um dos motivos pelos quais quis vir. Um artista conceituado estava realizando uma exposição de novos quadros ali e eu estava animado para vê-la. Caminhei por entre o amontoado de pessoas para poder enxergar. Virei-me para trás pronto para falar sobre o autor para o Jeongguk e o encontrei parado um pouco mais afastado do amontoado de gente. Ele estava bem mais quieto e avoado hoje do que normalmente era e isso estava me preocupando um pouco. Decidi questionar sobre isso quando estivéssemos sozinhos, então continuei a apreciar as outras obras. Estava sendo muito informativo todo aquele contato e eu mal poderia esperar para escrever sobre a experiência no trabalho que uma professora tinha passado. Até mesmo consegui conversar um pouco com o pintor e mal pude segurar toda a minha animação em elogiar o seu trabalho.

Jeongguk acenou para mim quando o procurei com os olhos um tempinho mais tarde. Eles estava sentado em um banco debaixo de uma árvore para se proteger da neve.

— Olha só, Jeonggukie, eu consegui o autógrafo do pintor! — Balancei o papel em frente ao seu rosto e espirrei.

Ele franziu o cenho.

— Eu te disse para usar o cachecol, não disse? — Reclamou e procurou a peça dentro da sacola que segurava. — E se você ficar resfriado?

Jeongguk começou a enrolar o cachecol ao redor do meu pescoço e eu sorri quadrado para ele.

— Então você irá cuidar de mim. — Nossos olhos se encontraram brevemente e senti aquele aperto familiar da nossa ligação. Ela pareceu vibrar e esticar ainda mais naquele momento.

Suas bochechas já coradas pelo frio ficaram ainda mais vermelhas.

— Não brinque com isso. Se a Hyuna descobre que te deixei ficar doente, ela me cozinha vivo.

— Oh, ela te deixou tão assustado assim? Não pensei que a noona tinha pegado tão pesado com você.

Dei risada ao lembrar da careta assustada do Jeongguk quando o levei para jantar e conhecer a Hyuna e o Hyojong. A ômega parecia um general do exército ao fazer um interrogatório ao Jeongguk. Hyojong e eu apenas ficamos rindo da situação.

Jeongguk fez uma careta estranha outra vez.

Suspirei.

— Por que está tão estranho hoje, Gukkie? — Resolvi perguntar.

Sus mão pararam de dar o nó no cachecol por um instante e logo voltaram a trabalhar.

— Eu... estou? — Seu tom de voz saiu falho e eu captei um pouco de nervosismo através da nossa ligação.

Love Enemies ੈ✩‧₊ taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora