Sem Chakra

Ropes and flowers

Atenção, nesse capítulo contém leve descrição de shibari, submissão e dominação. Se não se sentir confortável não leia até o final.

Boa leitura.

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Os meses até a viagem à Suna passaram tranquilamente. Alguns dias, eu acabava virando na minha salinha no laboratório e conversando com os outros cientistas de lá, tentando explicar o máximo de conseguisse sobre o projeto. O meu intuito, na verdade, era até a data da viagem, montar um Ferrorama, acho graça até hoje. Se soubesse que iria precisar desse brinquedo aqui, teria trazido um comigo.

Quero e espero, que essa essa apresentação seja bem intuitiva e nada melhor do que um pequeno demonstrativo para deixar mais claro a importância desse novo meio de transporte. Mas o que mais me impulsiona para falar com o Kazekage sobre isso é que no seu país estão as maiores reservas do metal que é necessário para fabricar dispositivos eletrônicos. Será um benefício mútuo, Tsunade havia me dito que o país do vento não possui muitas riquezas e que provavelmente não poder ajudar nessa parte científica. O que não é necessariamente verdade, com o recurso que eles vão nos fornecer, em troca faremos uma transferência de tecnologia, ensinando eles a fazerem essa nova tecnologia.

Até penso mais pra frente, se me permitirem, a passar um tempo por lá. Sakura havia me dito que em Suna eles tem uma estufa com muitas plantas e como sou curiosa, estou louca para conhecer e testar as propriedades. Porém, essa parte biológica ficava mais com a Lavi, ela adorava principalmente a botânica, mas vou tentar me ocupar um pouco do meu tempo por lá. Falando a verdade, isso nada mais é que do que eu me enganando, tentando ficar mais 'próxima' a ela fazendo o que ela gostava.

O pouco tempo que ficava em casa, acabava passando com o Ibiki. Não que nós morássemos juntos, mas quando eu estava em casa, ele passava a maior parte do tempo aqui. Era bom, saber que tinha alguém para conversar quando chegava me casa. Não consigo definir em uma palavra a relação que estávamos tendo, mas vou tentar deixar como um mutualismo, ele me faz bem e ainda consegue realizar desejos obscuros que alguns não entenderiam, não só se satisfazendo como a mim também, sempre claro, se eu quisesse. Porém, o que estávamos tendo não era de conhecimento de ninguém. Não que ele fosse grosso comigo fora do apartamento, mas acho que não havia necessidade, estamos bem assim.

Faz algum tempo que não via o Kakashi, sabia que ele estava de volta, em uma das conversas com a rosada, ela me contou que ele estava por aqui. Mas como raramente fico zanzando pelas ruas ou vou a outros lugares que não seja o laboratório, não teria como ver ele por aí e apesar dele saber onde moro, não veio aqui em nenhum dia. Na verdade, melhor assim não sei qual seria a reação dele ao ver o Ibiki por aqui.

Estou com receio/curiosidade/frio na barriga para voltar para o apartamento hoje. Ontem ao sair (virei a noite no lab) vi um bilhete do Ibiki que me deixou intrigada.

'Quero tentar uma nova modalidade, amanhã quando voltar pra cá eu te mostrarei'.

Implícito dizer que só aconteceria se quisesse, mas apesar de toda aquela pose fria ele tinha um cuidado imenso em não exagerar, mesmo o provocando. Ao abrir a porta logo o vejo sentado na cadeira, mexendo em algumas cordas. Ao seu lado, em cima da mesa, mais algumas cordas e alguns brinquedos. Percebendo que estava ainda parada a porta, ele então desvia o olhar para mim, me fazendo gelar na hora e sentindo os pelos dos meus braços eriçarem como se estivesse no meio do inverno, vestindo apenas uma regata.

Adoro quando ele está inspirado. Penso, inconscientemente dando um meio sorriso. Ele então percebe minha hesitação porém com minha cara dizendo o oposto. "Feche a porta, loira." E imediatamente faço, sem nem perceber no que havia feito. É isso, a voz de comando, imagino que seja disso para pior enquanto está... trabalhando.