You and me and the devil makes 3

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E chegou o dia em que há tempos havíamos conversado sobre. Estava nesse relacionamento com Ibiki há uns 6-7 meses. Pouco ficava em casa, estava absorta em meus projetos e viagens pelas vilas para divulgar o meu plano da linha ferroviária, preocupações com a Laví também me tiravam a calma. Mas por mais incrível que pareça, ao chegar em casa e perceber que ele já estava lá, me acalmava. A calma através da dor, muito podem ver com olhos preconceituosos e narizes tortos. Mas não há problema quando há consentimento.

Para ele era o ápice, o sádico encontra a masoquista. Ele não poderia pedir mais nada além disso, a não ser que me pediu. Pediu que um dia, qualquer dia, sem aviso prévio ele traria mais alguém para nos divertir, um homem pra começar. Eu, que já havia perdido o pudor há meses concordei com o pedido.

E então chegou esse dia, a preparação já estava feita, um lindo trabalho de shibari enfeitava meu corpo. É uma das técnicas que tenho mais apreço, tudo, do começo ao fim. O ritual de amarrar, o trabalho pronto e depois que as cordas eram retiradas a diversão não parava por aí. A pele ficava mais sensível onde as cordas estavam além do desenho lindo que marcavam, por pouco tempo, minha pele, a sensibilidade que causavam era mais que prazerosa. Me arrisco dizer que a brincadeira começava justamente aí, pelo final.

Agora, estou a espera da então terceira pessoa desse evento, estou sentada na cadeira, vestindo apenas as cordas. O observo e vejo que um sorriso de satisfação e me arrisco até a dizer de felicidade, teimam em ficar em seu rosto, me deixando um pouco apreensiva, demonstrando por morder meus lábios.

Percebendo que o observo, logo sou o seu centro de atenção, ele então se aproxima de mim, se abaixando afim de ficar na altura dos meus olhos, com seus olhos enigmáticos como sempre ele passa o dedo de leve em minha bochecha, deixando um pequeno arrepio. "Surpresa é surpresa, não é?" Ao ouvir sua voz, que já estava acostumada mas que nessas horas me dava arrepio porque se tornavam mais grave e ríspida.

Ouço então batidas na porta, e sem perceber já começo a ficar mais apreensiva e com o coração batendo mais rápido que o normal. Ao ouvir o barulho ele olha para a porta soltando uma risada reprimida, tornando a voltar a olhar para mim, quando percebo que havia algo em sua mão, um pano. "Então não vamos estragar a surpresa" me vendando logo em seguida.

O medo de não conseguir ver, só atiça ainda mais meus outros sentidos. Ouço apenas ele abrir a porta logo em seguida fechá-la. E então, nada... Até que percebo que Ibiki se encontra logo atrás de mim, se aproximando do meu ouvido e falando tão pausadamente que chego a ficar com raiva pela demora. "Levante-se, nosso convidado já está aqui" e então me levanto, sem muita dificuldade, minhas pernas estavam livres, apenas meu torso minhas mãos, para trás, estava amarradas.

Ao levantar, meu cabelo que estava em uma única longa trança, raspa nos meus seios voltando a sua posição inicial, que era em minhas costas. Arrepios tomam conta do meu corpo. Percebo que ele se dirige ao outro "nada que faremos aqui será contra a vontade dela, não se preocupe. Se ela não gostar de algo ou não se sentir confortável, ela dirá a palavra de segurança, não é mesmo Li" e aceno em afirmação. "E qual é essa palavra?" Ibiki me pergunta, para que o nosso convidado saiba, engulo seco e entoo "Akai". Ao falar sinto sua mão em meu queixo, fazendo um leve carinho.

"Muito bem, de joelhos" sua voz de comando é tão forte que quando menos percebo já havia acatado a ordem. Ouço então ele pegar uma cadeira e colocá-la perto de mim, percebo isso pelo deslocamento do ar na minha frente, "sente-se, por favor" e então percebo alguém se deslocando, que até então não havia feito nada que denunciasse que estava naquele quarto. Ouço barulhos de metal, batendo contra metal quando sinto, e com isso acabo levando um susto, Ibiki pega em meu rosto, nas bochechas e com apenas um mão apertando para que eu abra a boca.

Sem ChakraOnde histórias criam vida. Descubra agora