That's Not Right - Zeldris x Leitor(a)

→3.

No dia seguinte...
Vinn POV:

Os servos já tinham reconstruído boa parte da sala do trono, incluindo o próprio. O teto também estava quase pronto, mais alguns reparos aqui e ali incluindo outros cômodos do castelo. Uma coisa que se manteve foi um quadro do rei, na parede atrás do trono.
Eu estava no meu quarto, era madrugada, ninguém tinha levantado ainda. Olhando pro teto, estive pensando, enquanto sentia algumas lágrimas de vergonha escorrerem pelo meu rosto. Meliodas... Ele nos traiu para ficar com uma amante qualquer. Traiu nossa confiança!
Enquanto eu chorava mais um pouco em silêncio, pensei em Zeldris. Nunca reparei como ele me dava atenção, era carinhoso e tentava me proteger, diferente de Meliodas... Será que? Não! Não, não, não pensa nisso Vi. Mas se bem... Não! Chega, vou tomar um banho e me arrumar. Hoje eu tomo aquele trono e devo estar pronta.
Assim eu segui, na madruga mesmo, um banho quente e peguei a minha melhor vestimenta.
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  Após me vestir, saio do quarto e, no corredor, me deparo com Zeldris, ainda de pijama. Eu, lógico, acabo corando, afinal quem não acha bonito esse guri? Ai, para Vinn!!! Só dá oi.

— Oi?
Zeldris se vira com uma carinha de cansado (iti malia) e responde:

— O-oi... — ele cora instantaneamente ao me ver naquelas roupas — Você está linda, um, rainha.

Eu coro e olho pro lado:

— Obrigada.

Nos encaramos por mais uns segundos e ele diz:

— Eu já vou ir me vestindo, lhe vejo na sala do trono?

Eu apenas assenti e ele voltou para seu quarto. O que foi aquilo? Será que eu gosto dele ou vice versa? Argh! Muitos pensamentos para pouco tempo! Logo, me dirijo à sala do trono. Vazia.
Olho mais atentamente e vejo o quão grande é o local, em seguida me virando para minha nova "poltrona". Subindo as escadas, paro na frente do assento e o encaro por um minuto. É aqui... A partir de agora, esse clã tem outro líder, outras propostas em mente, outros objetivos, outros membros (apesar do Rei Demônio ter sido selado, mas não faço questão de tirar ele de lá). Antes de sentar, eu sinto a presença dos outros mandamentos e dos meninos.
Quando me viro para trás, eles já estão ali: Zeldris estava mais a frente, junto com Estarossa. Zel me assentiu a cabeça, como sinal de que eu já podia tomar o meu lugar na hierarquia do clã. Eu os encarei por mais alguns segundos e então, finalmente, sentei-me no trono. Logo, todos se curvam e falam:

— À rainha!

Inclusive outros servos que estavam construindo o local fizeram X reverência. Naquele momento, eu sabia o que eu devia fazer. Após todos se erguerem novamente, Estarossa questiona:

— Quais são suas ordens, Vinn?

Eu olho para todos e digo:

— Em primeiro lugar, não ficaremos sob custódia de uma mera criatura que vivia sentada aqui sem fazer nada, a não ser berrar. Eu pretendo mudar algumas regras e conversar com todos vocês depois na sala de reuniões. Apesar do selo, quero que todos fiquem de olhos abertos a qualquer abertura que possa nos tirar daqui. Estão dispensados. — com isso, todos acenam com a cabeça como sinal positivo, ainda que alguns mandamentos não me aprovem tanto e se retiram. Até eu chamar Zeldris — Zeldris? Você fica.

Após todos saírem da sala e ficarmos sozinhos, e desço de onde estava, ficando frente a frente com o garoto. Em seguida, o abraço e digo:

— Obrigada.

Ele fica sem entender nada, mas retribui o gesto. Questiono:

— Andei pensando e... Quer ser o meu braço direito? Mas não como você era do seu pai. Eu quero que trabalhemos juntos, como um só.

Zeldris me encara assustado mas um sorriso se forma naquele rostinho lindo, seguido das palavras:

  — Eu aceito, Vi.

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