Lucy é uma garota de 16 anos que nasceu no Brasil em um dos piores momentos possíveis: Ditadura Civil-Militar. Ela precisou lidar com medos, traumas e a perda do seu tio preferido. Por pior que fosse a sua situação, o emprego dos pais dela a permiti...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
POV:LUCY
Mais uma vez eu acordei cedo o suficiente para ver o nascer do sol, estou ansiosa para contar ao meu pai sobre a audição de ontem. Eu aproveito o tempo livre para fazer uma trança no meu cabelo e para escolher uma roupa, pego um blusão para vestir em cima de uma blusa de manga branca. Vou até a cozinha e preparo o café da manhã, depois de comer eu sento no balcão e fico esperando meu pai me ligar.
- Bom dia, Lu.- Diz minha mãe, ela parece animada e preocupada.
- Bom dia mãe, o que foi que você ta toda felizinha?- Ela olha pra mim sorrindo e responde.
- Vou ao escritório no centro da cidade hoje para ajudar o seu pai no caso que ele está trabalhando, eu conversei ontem com o diretor da empresa e ele abriu uma exceção. Talvez com a minha ajuda o seu pai volte pra casa mais rápido.- Ela gosta do escritório dela na cidade, ele está de frente para a ponte que divide Vancouver, a vista do rio é linda, principalmente nessa época do ano.
O telefone toca antes que eu consiga responder a minha mãe.
- Bom dia, pai. Como você está? Eu tenho uma coisa pra te contar.- Eu estou falando muito rápido e meu pai pede que eu fale mais devagar.
- Oi, filha. Me conte tudo, como foi a sua audição?- ele fala no seu tom calmo de sempre.
- Foi incrível! Não errei nada e acho que me saí muito bem, a presidente do clube disse que tinha quase certeza que o papel vai ser meu.- Ele me dá os parabéns e já começa a me imaginar atuando na Broadway.
- Eu amei as fotos que você me enviou, eu as coloquei no espelho do meu quarto lá no hotel. - Ele corta a sua fala por um momento, como se tentasse lembrar de alguma coisa.- Ah! Quase me esqueço... Augusto quer vir nos visitar no dia de ação e Graças.- Eu fico tão feliz que acho que vou explodir, eu sinto muita falta dele, costumávamos passar todos os feriados juntos. Minha mãe interrompe nossa conversa para me chamar, está ficando tarde e eu preciso ir pra escola.
Hoje eu vou para escola com o carro do meu pai, minha mãe vai para o escritório em Norte Vancouver e ela vai me deixar na escola no caminho. Meu pai ama esse carro, ele comprou assim que chegamos aqui. Meu pai escolheu esse carro porque ele dizia que parecia com um Batmóvel, e realmente o carro é muito bonito.
Ele até pediu que eu tirasse uma foto:
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
