Cap. 21

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POV: Lucy

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POV: Lucy

As manhãs com Augusto são sempre uma festa agora que ele se acostumou com o fuso horário. Enquanto me arrumo para a escola, meus pais e meu tio fazem planos para a festa de fim de ano, ambos parecem muito empolgados, afinal, "festa" é sinônimo de Augusto e "planos" é sinônimo de Caio.

- É bom que essa festa seja incrível, eu troquei o Réveillon de Copacabana para vir até aqui. - Entro na cozinha apressada para pegar um muffin e Augusto me puxa para um abraço. - Lucy, não deixe seu pai fazer uma festinha sem graça de comercial de coca cola, se não eu juro que vou embora pro Rio nem que seja nadando!

- Vou ficar de olho nele, tio. - Digo, rindo das provocações dele.

- Vocês são insuportáveis! Vou trancar os dois fora de casa no natal, talvez congelados vocês parem de reclamar da festa que nem aconteceu ainda, que tal? - Eu e Augusto rimos do meu pai pegando o calendário e a revista de decoração de festas e indo para seu escritório batendo o pé. - Embora eu ame tirar meu pai do sério, tenho que ir para escola. Não posso perder meu ônibus.

- Tá bom, Luly. Talvez na volta eu possa te buscar, igual fazíamos quando eu e Alex fomos te visitar em Brasília.

- Pode ser. - Digo, com o muffin na boca e botando meu casaco de frio, luvas e gorro. - Tchau, tio. Te vejo hoje de tarde.

Corro até o ponto de ônibus. Outubro veio para consumir as pequenas árvores que ainda se recusavam a aceitar o inverno iminente. Enquanto lutavam para manter sua folhagem, suas cores e beleza do Outono, o inverno veio aos poucos e quando menos notamos, mais imperceptíveis as mudanças se tornaram.

O caminho até a escola foi pacífico, ao contrário da tempestade de alunos que me paravam para parabenizar o clube de teatro pela peça. Thammy estava sentada na arquibancada, sendo cercada de atenções. Seus olhinhos, meigos e castanhos, pediam por um resgate.

-Thammy! - Eu disse, alto o suficiente para chamar a atenção de todos que a rodeavam. - A professora precisa de você no auditório. Ela logo se iluminou, pediu desculpas aos seus admiradores e saiu de lá o mais rápido possível.

-O que a professora faz aqui tão cedo? Achei que ela só chegava depois do almoço, antes das reuniões. - Thammy tem muitas qualidades, mas entender rápido não é uma delas.

-Não tem professora nenhuma, te chamei pra te livrar dos alunos curiosos e com sede de popularidade.

-Aaaaah, agora eu entendi. - Ela olha pra mim orgulhosa com seu raciocínio (nada) rápido. Eu bato minha mão na testa e sigo andando com ela pelo corredor.

-Não imaginava que os alunos gostassem tanto de teatro. - Disse enquanto botava a combinação do meu armário.

-E não gostam.

-Como assim?

-Eles estão assim porque a mãe de um dos alunos trabalha para o British Columbia Magazine, e ela quer escrever uma matéria sobre a peça.

Mapeando Estrelas (Completa/ Revisando) Onde histórias criam vida. Descubra agora