Gabriel La Rue
— Cuidado com onde pisa, princesa — Avisei sarcasticamente para Piper, a conselheira do chalé de Afrodite.— Pode por favor me lembrar por que vocês tem que deixar minas terrestres na entrada do chalé? — Retrucou com um toque de diversão na voz.
Fiquei rígido, e na mesma hora minha boca sem nenhum controle se pôs a falar:
— Porque nós somos filhos de Ares, gostamos de armas, mas não gostamos que entrem no nosso chalé.
— Faz sentido... — Ela concordou, rindo levemente.
Piper não gostava de usar seu charme, uma vez que não fosse estritamente necessário, mas mês passado Clarice teve a brilhante ideia de distribuir fotos de uma campanha que o pai dela fez. Piper ficou extremamente irritada, já que era para a Calvin Klein, e ele estava posando só de cueca.
Desde então, ela vem usando com certa frequência seu poder conosco, mas coisas bem bobas, então nós não ligamos realmente.
Depois de entregar para Clarice o papel de aviso da reunião dos conselheiros que haveria hoje, finalmente saiu.
— Pelos deuses, que mulher linda — Jay, o novo inquilino de 11 anos retrucou. Todos riram de sua observação e então começamos a sair para o almoço.
Estávamos andando em direção as mesas de pique-nique, onde sempre comíamos, quando vimos umas pequena comoção à direita perto do chalé de Hermes. Várias bundas peludas estavam juntas e saltitando em volta de alguém. Só se ouvia ganidos e barulhos cheios de excitação.
— Percy perdedor já chegou? — Perguntou Clarice.
Desde que Grover se tornou um importante membro do conselho dos anciões, vários outros sátiros tem seguido ele para todos os lugares, e como Grover adora Percy, é de se pensar que ele chegou.
— Acho que não. Ele só ia chegar depois no horário da luta... Disseram que está armando um temporal em Long Island.
— Quem está ali então? — Perguntei
No momento em que eu comecei a me empurrar por entre todas as pessoas para matar a curiosidade, um ouvimos um "puff". Olhando ao redor, demos de cara com Dionísio, empurrando sátiros, agora assustados com sua súbita chegada, para longe da nova celebridade.—Se-Senhor... Eu tenho certeza que eu senti o cheiro de Pã. O odor de uma natureza tão límpida... eu... Não confundiria isso. Juro que lembro como ele cheirava, eu não estou ficando doido! — Afirmou Grover, como eu pensei, para o deus do vinho.
— Então acho que você já está velho o suficiente, e está mais que na hora de conseguir uma aposentadoria. Pã está morto!
— Um coro de suspiros chateados e indignados saiu da aglomeração de sátiros. — Agora está na hora de vocês voltarem para suas atividades normais. Vão!
Com essa sentença, todos eles correram de volta para seus afazeres.
Assim que de dissiparam, pude ver com clareza quem estava no meio de toda aquela roda.
Alice encarava a todos com sua típica cara de quem comeu e não gostou.— Estão olhando o que? — Perguntou, super ríspida.
As pessoas foram, aos poucos voltando para suas atividades. E eu, como tinha a obrigação de encher seu saco e sempre ter certeza de deixá-la super irritada, me meti.
—Por que os sátiros estavam todos a sua volta daquele jeito? Não é exatamente comum o olfato deles falharem.
— Primeiro de tudo — Começou a me responder — Posso saber por que isso te diz respeito? Da última vez que eu chequei eu não te devia satisfações...
— Você com certeza não me deve satisfações, eu só acho que eu tenho o direito de saber o que está acontecendo com o acampamento Meio-sangue, lugar que eu também vivo.
— Se está tão preocupado pergunte a Dionísio, tenho certeza que ele vai saber te responder melhor que eu. Inclusive, também tenho certeza que ele vai te dar uma bela punição por ser tão enxerido, e...
— Alice, Alice, não tire palavras da minha boca. — Sr. D se meteu na conversa, para a minha satisfação. — Acho que você deveria ir arrumar algo para fazer. E enquanto a você, La Bue...
— La Rue — Corrigi com um sussurro. O deus ignorou minha fala com um gesto.
— Deveria estar cuidando da sua vida e voltando para as suas atividades. Você sabe muito bem que eu não sou uma pessoa exatamente paciente.
— Sim, senhor D. — Concordei, com aquela raiva básica que eu acho que todos os campistas vão sentir em algum momento.
• • •
Alice Klirónomos
Não posso dizer que me senti mal quando os sátiros sentiram o cheiro de Pã em mim. Compreendo que eles não deveriam saber da verdade, mas ter alguém cheirando a verdadeira natureza, foi acima de tudo, aconchegante.
Passada toda a confusão, fui fazer algumas outras atividades, como canoagem por exemplo. Não posso dizer que eu sou boa, embora também não seja ruim. Para ser sincera, não acho que exista, no acampamento (ou em qualquer lugar), alguma coisa que eu seja de fato ruim. Quer dizer, caramba! Eu posso fazer tudo.
Enquanto minhas últimas lições do dia terminavam, todos já se encontravam ansiosos para a demonstração de esgrima. Se não me engano, depois que eles terminassem a primeira rodada, chamariam alguém para passar vergonha lá na frente, lutando também. Fomos instruídos a, assim que terminarmos nossos deveres, irmos direto para o local de encontro. E isso era exatamente o que eu estava fazendo agora.
Quando cheguei na porta do lugar já estava bem cheio e os lugares lá da frente estavam todos ocupados, fazendo com que eu tivesse que me sentar no meio.
Olhando para o lado, senti algo em minha mão. Uma pequena borboleta descansava em meu dedo médio, como se tivesse simplesmente posado ali aleatoriamente.
Ela nascia como uma lagarta que muitos desprezavam e depois, crescia e virava um animal muito admirado. Quando hipocrisia poderia haver num pensamento de que lagartas são nojentas e borboletas perfeitas? Eles são exatamente o mesmo animal. Continuei refletindo sobre os preconceitos com os pequenos bichinhos, quando alguém se sentou ao meu lado.
— O que você quer? — Perguntei, grossa logo de cara.
— Queria ficar mais perto de onde a luta vai acontecer para eu poder ser chamado.
— Que os deuses me acudam, eu acho que você só me persegue mesmo.
— Não se dê tanto crédito.
— Então pare de fazer parecer que eu tenho os créditos.
— Você não os tem.
— Poupe-me — Rebati, achando até um pouco de graça da situação
Quando eu ia adicionar alguma ofensa para não fazer parecer que eu tive uma conversa não tão desagradável com La Rue, o show começou.
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Notas da autoraOi gente, tudo bem?
Eu sei que eu tenho demorado muuuito para postar, mas eu realmente empaquei nesse capítulo, não conseguia escrever de jeito nenhum. Por isso mesmo vou deixar a ação dele para o próximo, ver se assim a escrita flui um pouco melhor.
Tenho demorado também porque, sério, TUDO que eu escrevia eu achava estava ficando horrível, apagava, fazia de novo e etc. Só que eu (com meu lindo histórico de histórias não terminadas) Sei que se ficar buscando a perfeição nunca vou conseguir terminar nada.
Então... é isso. Perdoem se a escrita desse não ficou muito boa.
Inclusive! A última coisa. Eu já tenho na minha cabeça tudo o que vai acontecer, então acho que essa história vai ficar com muuuitos capítulos, principalmente porque eu só coloco 1000 palavras em cada um.
Depois que essa fic for terminada eu vou fazer uma reorganização de tudo.
Beijinhos divinos nos coressssss
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A filha de Pã
AdventureAlice é uma semideusa solitária. Sempre se virou muito bem sozinha e não precisava da ajuda que Gabriel La Rue, brutalmente, a obrigou a aceitar. Foi levada para outro país para ficar "segura" no acampamento meio-sangue. Chegando lá deixou todos es...