Percy é definitivamente uma coisinha bonita

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Alice Klirónomos

Percy é definitivamente uma coisinha bonita. Os olhos verdes mar brilham de diversão e felicidade ao encontrar com Jason, o semideus que fica aqui no acampamento meio-sangue. Os garotos se cumprimentam e depois viram para o público, e começam a falar conosco.

— E aí? — São as primeiras palavras de Percy para todo mundo, o que agita grande parte dos veteranos a responderem com um: "Beleza?", "Como tem sido na Nova Roma?" e vários outros cumprimentos. — Jason me chamou porque ele queria ser chutado na bunda hoje.

— Percy! — Uma loira de olhos acidentados gritou, um olhar de reprovação estampado no rosto.

— Quer dizer... Jason me chamou para que eu pudesse ganhar dele — Se corrigiu, exibindo um sorriso amarelo, arrancando risadas da plateia. Quer dizer, eu riria até mesmo da pior piada que esse menino fizesse, o que parece que ele faz com frequencia.

Jason, que observava tudo com um olhar divertido, respondeu:

— Tá tudo bem, Annabeth. Ele está certo, a diferença é que eu que vou acabar com ele.

— Continue sonhando, menino voador — Percy retrucou.

Toda essa interação deles estava sendo super interessante para mim, tanto que eu até esqueci da existência da cria de Ares aqui do meu lado. Quer dizer, esqueci por um tempo, já que ele fez questão de ser notado exagerando em um bocejo barulhento.

Olhei para ele com uma cara antipática.

— O que? — Me perguntou, se fazendo de desentendido. — Eu vim aqui para ver dois caras se matando, não conversando como se fosse uma reunião entre amigos.

— Você é insuportável — Fiz questão de falar.

— Você é insuportável — Repetiu, fazendo uma voz fina para me imitar. Suspirei pesadamente voltando a prestar atenção nos dois espadachins.

Esse tempo que fiquei interagindo com La Rue serviu para que os dois terminassem o papo e começassem de fato com a apresentação. Eles tinham agora espadas empunhadas, que eu não faço ideia de onde saíram.

Percy tomou a iniciativa de ataque, levando a espada de encontro com Jason que já se encontrava em posição de defesa esperando pelo golpe. A força do impacto das duas armas causou um barulho estridente, me fazendo ansiar ainda mais pelo desenvolvimento da luta.

Jason agora, preparado para ser o próximo a atacar, desferia a longa lâmina rapidamente alternando entre golpe, defesa, golpe, defesa. Os pés deles dançavam enquanto eram firmados no chão e passeavam pelo espaço disponível em busca de uma brecha qualquer do lado do adversário.

Os dois lutavam majestosamente e eu realmente não poderia dizer quem seria o ganhador. Inclusive, apesar da camaradagem trocada pelos dois no início da luta, ambos estavam agora com os rostos contorcidos de esforço, sem aceitar que poderiam ser o perdedor. A tensão no ar era palpável, assim como a competitividade. Arrisco dizer que até o vento sentiu o teor da luta, já que algumas rajadas bagunçavam meu cabelo.

— Quem você acha que vai ganhar? — Perguntei debilmente para Gabriel que assistia a tudo tão fascinado quanto eu.

— Jason — Me respondeu, sem tirar os olhos da luta.

— Por que? — Questionei, saindo em defesa da minha nova paixonite.

— Ta sentindo esse vento? Jason é filho de Zeus, não acho que o Percy possa barrar isso.

— Percy é filho de quem?

— Poseidon.

— Caramba. E eles realmente colocaram os dois para lutarem juntos? — Apontei o óbvio. Ou essa gente era retardada ou eles realmente gostavam de uma boa briga,

A filha de PãOnde histórias criam vida. Descubra agora