14. Memories

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— Quem era aquele homem de hoje cedo? — Jennie revira o pirulito na boca enquanto apoia os pés na minha mesa

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— Quem era aquele homem de hoje cedo? — Jennie revira o pirulito na boca enquanto apoia os pés na minha mesa. Fecho a porta rapidamente para que ninguém nos veja.

— Você não deveria estar, sei lá, vendo se algum paciente precisa usar o banheiro? — sento na cadeira de frente à mulher e apoio a prancheta na mesa, terminando de assinar alguns prontuários.

— Você pareceu todo preocupadinho. — ela ri. Sorrio, sem nenhum ânimo. — Então você é gay? — como não respondo, ela continua. — Bissexual? Pansexual?

— Não. — respondo, vagamente. Pego meu carimbo na mesa e insiro um por um em cada folha.

— Não o quê? — insiste. Resisto a vontade de carimbar a cara dela.

— Não te interessa, porra. — ela ri, e eu me pergunto o motivo.

— Você é tão delicado. — ela retira os pés da mesa e se inclina na minha direção. — Sabe aquelas caixinhas de música? Pra mim você é uma delas. — paro de carimbar os papéis e a observo. Jennie tem os cabelos castanhos trançados de forma elegante, se ela não fosse tão irritante eu pediria para me ensinar a fazer aquele penteado, acho que Jisoo gostaria. — Se eu girar a chave do lado... o que eu vou ouvir?

Eu não consigo entendê-la, por mais que eu tente. Jennie é esperta, sabe quando está passando dos limites, por outro lado, parece que ela quer conhecer o limite, talvez até ultrapassá-lo. Não gosto da curiosidade dela, mas tenho que admitir que é uma pessoa interessante.

Eu me inclino na direção dela, Jennie nem sequer pisca por eu estar perto demais. Observo o contorno do rosto da mulher e pela primeira vez... gosto do que vejo. Com cautela, levo minha mão ao rosto da mulher, meus dedos percorrem a maçã do rosto em direção a orelha. Gosto da pele dela, é macia, me lembra... sim, a pele da Jisoo.

— Você não deveria rodar a chave, Jennie. — alerto, em um sussurro.

— É o que os boatos dizem do intocável Min Yoongi. — percorro o maxilar dela com a ponta do meu dedo. — Mas talvez eu queira correr o risco. — sinto um sorriso surgir nos meus lábios.

— Risco... é uma palavra interessante. — comento. Jennie chega mais perto, nossos rostos estão a poucos centímetros um do outro.

— Eu gosto dessa palavra. — confidencia.

Me afasto, ainda sorrindo, porque talvez eu não leve apenas Taehyung. Talvez, e só talvez, Jennie possa ser uma bela boneca na minha casa.

Se ela está decepcionada pela minha recusa momentânea, não demonstra. Apenas levanta da cadeira e joga o pirulito no lixeiro.

— Você tem meu número, não é? — pergunta, arrumando o jaleco.

— E por que eu teria? — rebato, só para provocar. Eu tenho o número dela.

ᴅᴏʟʟʜᴏᴜsᴇ | ᴋᴛʜ + ᴍʏɢOnde histórias criam vida. Descubra agora