Alvo Potter e Rose Weasley chegaram à Hogwarts. Era um ano letivo comum, ou o mais comum que se poderia ter numa escola de magia. Porém, quando os primos e seus amigos se embrenharam na Floresta Proibida, tudo virou de ponta-cabeça. Quem era aquele...
Naquela noite, o dormitório feminino do primeiro ano estava de olhos pregados. Na realidade, nem todo o dormitório, já que Lia Hughes era a única que não dormia tranquilamente. Como se não bastassem os testes de quadribol que se aproximavam cada vez mais, Lia também estava absurdamente curiosa com uma Iv a perambular pelo castelo. Por isso, a menina se sentara ansiosamente em sua cama e encarava de forma forçosa os vitrais dançantes da janela, a fim de ignorar sua vassoura Comet encostada na parede.
Então, aconteceu. A porta rangeu num doloroso e lento: "nhéé", daqueles que as portas soltavam justo quando mal intencionados queriam ser silenciosos. Lia virou sua cabeça em direção ao barulho avidamente. Ela sorriu assim que pôde distinguir uma silhueta familiar.
— Conte tudo e não me esconda nada — sussurrou Lia de pronto. A menina que fechava a porta soltou um risinho derrotado, pois lá se fora sua entrada discreta. Lia, cheia de expectativa, deu lugar para que a amiga se sentasse ao seu lado.
— Primeiro, nós fomos à biblioteca... — Iv começou. Achala Patil balbuciou reclamações bêbadas de sono, o que fez com que Iv baixasse o tom de voz ao continuar. — Estudamos até ela fechar. John sabia de tanta coisa, que eu acho que nem Rose seria páreo pra ele. Mas não fala que eu disse isso!
Estando mais acostumada ao breu do dormitório, Iv pôde ter um vislumbre das feições travessas de Lia. As duas amigas se arriscaram a olhar Rose sob os ombros, mas ela ainda dormia profundamente. Com um tanto de alívio, Iv prosseguiu sua história:
— Depois, ele perguntou se poderíamos dar uma volta... Aí achei esquisito. Morri de medo que algum dos monitores nos pegasse, mas fiquei com vergonha de dizer não.
— Iv! Se você não queria ir, era só falar! — Lia riu. Elas receberam mais algumas broncas inteligíveis de Achala, o que tornou a resposta de Iv tão baixa, que Lia teve de se aproximar para entender.
— Mas deu tudo certo, a gente ficou conversando lá no Lago Negro. John tava todo nervoso! Ele não parava de olhar ao redor.
— Você perdeu o Al e o Marcus. Ficaram a noite toda reclamando do Danvers. — Aquilo não era necessariamente verdade, mas Lia esperava que Iv entendesse seus exageros.
— Poxa, mas ele é tão legal! — Iv arregalou os seus grandes olhos. Daquela vez, foi com um travesseiro arremessado que Achala enviou seus encarecidos pedidos de silêncio. Após alguns risinhos, Iv pareceu ponderar. — Ele é só... um pouquinho esquisito.
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— E foi isso — terminou Lia, ofegante por chegar ao Salão Principal antes das outras meninas. Naquela manhã, seus cabelos crespos estavam amassados graças ao travesseiro, e ela sequer teve tempo de ajeitá-los. Após ter contado brevemente a Alvo tudo o que acontecera entre Iv e John Danvers, a menina respirava fundo em ares quase fúnebres. Olhando para seu prato, Lia imaginava se não deveria dar uma pausa nas fofocas.