capitulo 29

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Pai: meu amor! É a casa do teu namorado?

-o que queres?

Pai: não fales assim comigo filha.

-Não me voltes a chamar isso.

Pai: não estás contente por me ver?

-preferia atrás das grades, lamento.

Niall: Eu vou lá para dentro.

É saiu da cozinha.

-sai daqui agora..

Pai: por favor, passa comigo a passagem de ano..

-Não sou capaz

Pai: mas tu es a única família que eu tenho

-se não tivesses matado o resto da família, está noite irias ter companhia.. mas tu só dás valor às coisas quando as perdes...

Pai: não fui eu que matei, filha eu junto que não fui eu..

-então porque fugiste?

Pai: Eu não cheguei a ir a casa, eu estava num bar.

Fui em direção à porta de saída e abri-a.

-pois imagino...

Ele saiu de casa. Fechei a porta com bastante força, e escorreguei pela porta abaixo. Lágrimas saíam dos meus olhos e escorriam por toda a minha cara.

Niall: estás bem?

-estavas ai?

Niall: sim.

Sentou-se ao meu lado e abraçou-me eu simplesmente me levantei. Limpei as lágrimas.

-desculpa.

E dirigi-me para o quarto. Tranquei a porta e deitei-me que chorar, a cada segundo que passava mais uma lágrima saia de dentro de mim. Eu simplesmente peguei numa folha e escrevi tudo o que sentia, não posso fugir dos meus problemas, outra vez... Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana.

Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso...

Amacei toda a folha e atirei-a para longe. Aquele texto já não fazia o texto, já nem sabia o que estava a escrever..

Corri até à minha mala e tirei algo que pertencia à Paula, eu tinha a noção que ela tinha morrido, agora vou resolver o mistério, vou ver se aqueles cortes libertam a dor e nos afastam de toda a vida. Não os vou fazer tão profundos porque eu não quero voltar ao hospital..

1 corte.. 2 cortes.. 3 cortes... BUM!! A porta cai a minha frente..

Niall: (t.n)!

Correu na minha direção pegou nos meus braços e ficou a olhar para eles durante imenso tempo, olhou para aqueles braços cheios de sangue. Ele tirou imediatamente a sua camisola. É limpou o meu leve e frágil braço. Mas o sangue continuou a sair, apesar de cada vez sair com menos pressão, ele continuava a sair.

-nunca me deixes, eu preciso de ti.

Niall: nunca te irei deixar.

-James!

Niall: twix!

O sangue continuava a sair, ele prendeu a sua camisola ao braço, com bastante força, pegou no seu telemóvel e ligou para o 112. Explicou tudo e em menos de 5 minutos eles chegaram. Pegaram em mim e pediram-me numa maca e lá fui para o hospital. A mesma viagem, o mesmo destino, o mesmo lugar, a mesma cama, a mesma sala, os mesmos móveis, a mesma enfermeira, tudo igual, só o motivo era diferente.

Puseram-me dentro da ambulância e antes das portas fecharem apertei a mão do niall, espero que não seja a última vez.

-desculpa-me James..

E as portas encerraram sem me deixar ouvir a voz do niall, se algo me acontecer a última palavra do niall que eu ouvi sair da sua boca foi "twix!", um nome tão simples e complexo ao mesmo tempo. Nunca pensei que uma palavra como "twix" pudesse vir a palavra da minha vida, no entanto estava empatada com outra, "James". Duas palavras que juntas, para mim, significam tudo, e espero que para o niall também.

Ele deve ter chegado ao quarto a pouco tempo e já deve ter encontrado o papel. Tenho tanta pena dele, ele não merecia estar a sofrer por minha causa, sou um desastre!

Xxx: " Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.

Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,

quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,

eu sinto saudades. Sinto saudades daquele homem que sorria quando me via, sinto saudades do homem que eu conheci antes de completar 2 anos, sinto saudades dele. Sinto saudades do ..." porque escreveste isto?

-desabafo

Niall: quem é ele? Não acabaste de escrever.

Pequenas lágrimas saíram pelo canto dos meus olhos. Ele chegou-se perto a mim, e pegou nas minhas mãos.

Niall: é o teu pai?

-s...sim.. como sabes?

Niall: olhei para o teu braço.

Xxx: desculpa, só consegui vir agora, estás bem? Desculpa não ter estado presente, desculpa por tudo, tenho estado ausente, mais do que eu queria. Adoro-te nunca te esqueças, prometo que nunca mais me ausentarei durante tanto tempo.

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