•/Matheus Mendes/•
Jogo o celular na cama depois de escutar pela terceira vez que caiu na caixa postal. Estou tentando falar com a Luísa há quase trinta minutos.
Pego o celular rapidamente e ligo para Carlos. Se o celular dela descarregou, ela já deve estar em casa com ele.
- Matheus?! - Diz alegre e aliviado ao receber minha ligação. Por que? Isso me deixa mais preocupado. Levanto rapidamente da cadeira.
- Carlos, a Luísa está aí? - Pergunto rapidamente.
- Ela não está com você? - Pergunta me deixando paralisado.
- E-ela foi embora daqui de casa a quase uma hora. Estou tentando falar com ela há bastante tempo. - Minha voz falha sai trêmula. Já estou andando de um lado para o outro, quase fazendo um buraco no chão do meu quarto.
- Eu vou ligar para a polícia! Avisa aos outros, por favor! Depois me mande mensagem e eu irei dizer onde me encontrar se quiser.
- Farei isso! - Digo e percebo uma lágrima solitária escorrendo pela minha bochecha.
Mando mensagem no grupo avisando que Luísa sumiu e o Peter e a Carol logo respondem. Mando mensagem para Carlos e ele pede para encontrarmos ele na delegacia. Aviso ao meu casal de amigos e depressa pego a chave do meu carro.
Eu sinceramente não sei como cheguei aqui. Vim tão rápido e com os pensamentos em outro lugar que nem prestei atenção na estrada.
Encontro Carlos conversando com o delegado, me junto a eles e minutos depois o casal chega.
Explico que ela tinha ido passar o dia na minha casa e que na hora de ir embora, eu iria levar ela, mas como meus pais haviam acabado de chegar, ela preferiu ir sozinha.
Lembrando desses detalhes, me sinto culpado. Talvez se eu tivesse levado ela, isso não teria acontecido. Mas agora não é hora para pensar nisso e sim de pensar em uma maneira para encontrar a minha morena.
Rastreamos o celular dela pela última mensagem que ela me enviou e vamos até o local.
Chegando lá, vários polícias, com a nossa ajuda, começam a procurar por provas.
Encontramos o celular dela caído no chão na rua seguinte do local onde ela mexeu no celular pela última vez. Junto do celular, encontramos pingos de sangue.
Isso me deixou bem assustado, devo admitir. É difícil tentar não pensar no pior, ainda mais com algo do tipo.
A perícia coleta amostras do sangue enquanto o delegado procura alguma câmera aqui por perto.
É inacreditável a velocidade e a determinação da polícia. Provavelmente por ela ser filha de pessoas importantes e a pessoa que fez a denuncia além de ser rico, é muito famoso.
Esse país ainda me deixa perplexo com todo esse preconceito e acepção. Nunca vou me acostumar com tamanha falta de noção da sociedade.
Alguns minutos depois, o delegado aparece com o nome do dono de uma loja do outro lado da rua de onde as provas foram encontradas.
Ele liga para o homem que demora para atender. Deduzo eu, que é porque ele estava dormindo.
O oficial explica que precisa das gravações da câmera de segurança e que é uma emergência. O homem do outro da linha fala alguma coisa e o que está de frente no caso desliga o celular.
Continuamos procurando por provas enquanto a perícia procura digitais. Eles tiram fotos de umas marcas de óleo de carro que pingou na estrada, possivelmente dos sequestradores.
Sento na calçada, olho para um lado e vejo Carol discutindo com Peter. O semblante calmo do meu amigo me mostra que ele está tentando acalmá-la. Mas seus olhos demonstram o quanto ele está preocupado.
Olho para o outro lado e vejo Carlos discutindo com o delegado que está parado, com os braços cruzados na altura do peito e com uma cara de paisagem como se não estivesse escutando nada do que o homem furioso ao seu lado estava dizendo.
Um homem se aproxima do local e o delegado vai em direção a ele, deixando Carlos gritando sozinho.
Eles conversam um pouco e eles logo se aproximam da tal loja com câmeras. O homem que chegou quase agora pega uma chave do bolso e destranca as portas da loja.
Eles entram e todos nós (Peter, Carol, Carlos e eu), vamos atrás. Chegamos lá e já nos deparamos com o homem barbudo sentado em frente a tela do computador.
Ele abre os arquivos e nos mostra a gravação. Lá podemos ver Luísa lutando com um deles e quebrando o nariz do mesmo, logo ela é atingida com um ferro na cabeça.
O delegado anota a placa do carro, nos manda ir para casa e voltar na delegacia amanhã para continuarmos o caso. Carlos fala algumas coisas com ele, mas eu me distancio e saio da loja.
Começo a andar em direção ao meu carro. Chegando nele, destranco o mesmo, entro e o ligo. Dirijo em direção a minha casa.
Já é de madrugada, meus pais estão dormindo e por isso não posso fazer muito barulho.
Entro no quarto e fecho a porta. Me sento encostando minhas costas na mesma e me permito pensar em tudo de ruim que pode estar acontecendo com a minha morena e em como isso pode ser minha culpa.
Flashs dos nossos bons momentos passam pela minha mente e fazem com que o sentimento de culpa que está pertubando meus pensamentos cresça.
Tento não pensar no fato de a culpa ser minha e que se eu tivesse levado ela até em casa isso não teria acontecido. Mas é impossível.
Percebo que lágrimas já estão molhando meu rosto e nem faço questão de limpa-las. Jogo a cabeça para trás fazendo com que ela encoste na porta e sinto as lágrimas me afogarem.
Em pensar no quanto ela já sofreu e o quanto deve estar sofrendo faz meu coração se apertar e quebrar em pedaços.
Minha vontade é de voltar no tempo e impedir que isso aconteça ou de estar no lugar dela. Mas sei que isso não vai acontecer e preciso me conformar com a realidade, mesmo que ela seja dolorosa.
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❤Gente, como eu quero abraçar o Matheus e dizer que tudo vai ficar bem!😫💔❤
❤Quero pegar o Theus e a Lu e colocá-los em um potinho e proteger de toda a maldade do mundo!😫💔❤
❤Matheus indignado com os erros do país, infelizmente ele tem razão e isso acontece bastante. É triste de ver os preconceitos e as acepções que a sociedade faz.💔❤
❤Matheus se sentindo culpado... Tadinho do meu bebê!😫💔❤
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Ela
RomanceUma menina magoada que prefiriu deixar os sentimentos de lado. Isso até que estava funcionando, mas a chegada de um convencido irritante, ao seu ver, ela começa a perceber as coisas que perdeu sendo desse jeito. Mas as coisas que ela ganhou com isso...