Uma menina magoada que prefiriu deixar os sentimentos de lado. Isso até que estava funcionando, mas a chegada de um convencido irritante, ao seu ver, ela começa a perceber as coisas que perdeu sendo desse jeito. Mas as coisas que ela ganhou com isso...
Estou preste a agarrar o cabelo daquela loira falsificada quando sinto um braço forte rodear minha cintura e me impedir de fazer o que eu queria.
Viro para ver quem era, e adivinha? O garoto de mais cedo. Aff! Cravo as unhas em seu braço e o arranho, um braço forte, devo admitir.
Eu não estava acreditando que ele tinha acabado de chegar e já estava querendo mandar! Quem ele pensa que é?! O popular de uma história de romance?! Sinto meu estômago embrulhar só de pensar em clichês.
Movida pela raiva, dou um tapa na cara dele. Não tão forte quanto o que tinha acabado de dá na nojentinha, já que minha raiva por ela é maior.
Olho em seus olhos e vejo surpresa e... Medo? Ok, aquilo doeu. Eu conheci ele a poucas horas e ele já tinha medo de mim! Isso doeu mais do que eu queria.
Para não transparecer, apontei o dedo na cara dele e falei para ele não se meter comigo. Saí dali o mais rápido possível. Fui para o meu local preferido, o que é frequentado apenas por mim, o telhado da escola.
Sento de costas a um negócio quadrado que tem lá, não sei qual é o nome e não faço questão de saber, olho para cima e sinto meus olhos ficarem marejados. Droga!
Não posso chorar! Não agora! Não posso me dar ao luxo de borrar a maquiagem, de tirar mais um tijolo da muralha que construí ao redor do meu coração...
Por que aquilo doía tanto? Deixei uma lágrima escorrer e rapidamente a limpo. Não vou chorar! Não de novo! Não sei se vou ficar até às últimas aulas. Acho melhor ir embora... Droga! Não posso! Se os professores notarem minha falta vão contar para o meu pai! A Geovanna fez questão de "sentir" minha falta e contar aos professores. Todas as vezes! Que vontade de mata-la por isso...
O que será que aquele garoto queria? Até que ele é bonitinho. Vamos combinar, não é? Eu tenho olhos! Pele clara, no mesmo tom que a minha. Cabelo castanho escuro, um tom mais claro que o meu, em um belo corte. Seus olhos castanhos em um tom médio, nem tão claro, nem tão escuro...
Escuto o sinal tocar e saio do meu transe. Espera! Por que eu tô pensando nele? Por que?
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Dentro da sala estou relaxada enquanto não presto atenção na aula. Sou uma aluna inteligente, mas não gosto das aulas. O gravador de voz do meu celular grava a aula e de tarde escuto e estudo.
Falta exatamente 3 minutos para o sinal tocar. Olho em volta para esperar o tempo passar e percebo que não caí na sala da Geovanna. Droga! Preciso mudar. Ela vai dá em cima do novato, cara!
Me levanto do meu lugar e atraio toda a atenção para mim, percebo que interrompi o professor, mas não me importo. Falo no ouvido dele que preciso ir na diretoria e ele permite minha saída, saio e corro até lá. A diretora não recebe alunos no horário da saída, preciso ser rápida! Por que eu tinha que dormi no segundo horário e não ver que a Geovanna não estava na minha sala?
Chego e bato na porta, entro e ela me olha de cara feia, peço para ela me mudar de turma e ela pergunta o motivo. Dou a desculpa que um dos professores tinha implicância comigo e dou graças a Deus por ser verdade.
Saio da sala dela e vou para o pátio, os alunos vão sair daqui a alguns segundos. Estou esperando quando me dou conta de uma coisa... Eu quis mudar de sala por causa da Geovanna, mas não só por isso, porque, também, ela iria dar em cima do novato que eu ainda não sei o nome. Por que quis mudar por isso? Por que pensei isso?
Por que?
Pergunto para mim mesma, mas antes que eu possa procurar a resposta o sinal toca. Os alunos saem em um tumulto e para piorar eu estou na frente de uma sala. Estou esperando esse bando de escândalosos saírem da minha frente quando dois garotos saem por último da sala a qual eu estava em frente.
Era ele. Ele e seu amigo. Nossos olhos se encontraram e em seu olhar eu vi satisfação. Satisfação por ter me visto? Acho que não. Logo lembro do seu olhar com medo e desvio o meu olhar antes que ele fique marejado.
Vou em direção ao estacionamento e ele vem atrás, provavelmente tem carro. Subo em minha moto e percebo que ele me encara. Eu o encaro também e ele vai em direção a um carro, abre a porta, mas para.
Da meia volta, deixando a porta aberta e vem em minha direção.
- Oi. - Diz de maneira simpática e só aí eu percebo que ele já está do meu lado.
- O que você quer? - Pergunto e me arrependo logo em seguida. Por que tenho que ser assim?
- Não precisa ser grossa... - diz isso e eu me sinto mais culpada ainda. Suspiro, não irritada, mas sim cansada. Cansada de ser assim. Cansada de sangrar encima das pessoas que não me feriram. Eu sei que é errado eu ser assim, mas essa é minha defesa! Eu tenho medo das pessoas me machucarem mais.
- Oi... - Digo por fim e ele da um sorriso de lado.
- Tudo bem?
- Tudo normal. Tudo bem contigo? - Foi só eu dizer isso e o sorriso dele aumentou. Acho que pela primeira vez em muito tempo eu não estava sendo fria.
- Tudo sim! - Dessa vez foi minha vez de sorrir. Sorrir pelo fato dele ter insistido em falar comigo. Sorrir pelo fato de, mesmo depois de tudo, ele está sendo legal comigo. - Luisa, né? - Eu sei que ele sabia meu nome, ele só estava tentando começar uma conversa. Aceno que sim com a cabeça e ele continua. - Meu nome é Matheus.
- Matheus... - Sussurro para mim mesmo.
- Bom, queria te perguntar uma coisa. Percebi que você já é dessa escola...
- Pode falar. - Digo e dou um sorriso gentil. Eu dei um sorriso gentil! Não foi debochado, frio ou forçado, como eu geralmente dou.
- O professor deu um trabalho em dupla e nos deixou escolher, mas meu amigo teve que fazer com uma garota que eu acho que ele tá afim. Bom, fiquei sozinho... - Uma alegria tomou conta de mim. Sei que ele sabia que eu não era da turma dele e que ele não disse isso, mas eu senti. Ele estava sozinho para fazer um trabalho em dupla e tinha a esperança de fazer comigo! Uns garotos já tinham sido legais comigo, mas era puro interesse. Eu podia sentir em seu tom de voz que ele não tinha segundas intenções.
- Você é um garoto de sorte!
- Sou? - Pergunta confuso.
- É, porque eu acabei de me transferir para a sua turma. - Vi o seu sorriso aumentar e o meu aumentou junto.
- Ótimo! - Passou a mão pelo cabelo e eu pude perceber que ele estava sem jeito. - Que tal darmos uma volta para falar do trabalho?
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