Capítulo 31

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•/Matheus Mendes/•

- Então quer dizer que, depois de muito pressionar, ele confessou a participação dele no sequestro?

- Não só isso. - Afirma o delegado animado. - Ele também dedurou o mandante.

- Quem? - Pergunto esperançoso de eles já terem até localizado. Olho para o lado e vejo Carlos respirando fundo.

- Marina Bastos. - Responde fazendo com que eu encare Carlos incrédulo.

Como assim a Marina mandou sequestrar a Luísa? Coisa boa não é.

Uma onda de uma sensação horrível me invade. Mau pressentimento, talvez. Mas é porque Marina tem o direito de ver Luísa, então não faz sentido sequestra-la.

- Localizaram elas? - Pergunto fitando o chão. São muitas informações para a minha mente processar.

-Ainda não. - As palavras saem junto com o ânimo dele. Tive de me esforçar para ouvir já que ele falou em um sussurro.

Me viro de costas e corro balançando a cabeça negativamente. Não acredito. A Luísa está em perigo, mais do que antes. Precisamos achar ela, para ontem.

- Matheus! - Escuto Carol gritar. Dou uma rápida olhada para trás e vejo ele e o Peter correndo em minha direção.

- E-ela precisa da gente! Temos que encontrar ela! - Digo com a voz trêmula.

- Matheus, vai ficar tudo bem! - Peter tenta me tranquilizar colocando sua mão em meu ombro.

- Não vai ficar tudo bem! - Esbravejo tirando sua mão de mim. - Liguem os pontos! Marina tem direito de ver Luísa! Ela sequestrou a Luísa para mata-la. - Sento no chão, apoio meus cotovelos nos joelhos e coloco minha cabeça entre minhas mãos. - Para matar a minha morena. - Repito em tom de sussurro só para eu ouvir.

- O que faz aqui? - Pergunta Alex após abrir a porta para mim

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- O que faz aqui? - Pergunta Alex após abrir a porta para mim. Percebo seus olhos levemente vermelhos e inchados.

- Você está bem? - Apesar de tudo, sou ser humano e vou sempre ajudar quem precisa.

- Ninguém está. - Diz depois de alguns segundos de silêncio. - Luísa foi sequestrada. E apesar de tudo, eu a amo. - Conclui fazendo meu coração apertar. Não que eu esteja me sentindo ameaçado, é só que eu estou me colocando no lugar dele. Eu não consigo nem imaginar minha vida sem a Luísa.

- O que você veio fazer aqui? - Pergunta novamente. Percebo que estou fitando o chão e levanto meu olhar para encara-lo.

- Vim te informar uma coisa. - Explico respirando fundo. Ele me dá passagem para eu entrar. Entro e o acompanho até a sala. Nos sentamos no sofá.

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