Ela

Capítulo 15

•/Luísa Souza/•

Abro os olhos e percebo que estou dormindo desde ontem. Meu estômago dá sinal de vida. Olho as horas e vejo que já são oito horas da manhã.

Levanto, pego uma roupa e vou para o banheiro. Ainda estou com a roupa que fui para a escola ontem. Tomo um banho e coloco a roupa que peguei. Um short jeans e uma blusa preta.

Desço as escadas e vou para a cozinha. Meu estômago está roncando. Como algumas coisas que acho no armário e bebo um refrigerante que tinha na minha geladeira.

Depois de matar a fome, me jogo no sofá e fico encarando a televisão que está desligada.

Eu não vou me importar!

Quem eu queria enganar? Eu conheço o garoto a cinco dias e já estou gostando dele. Isso é ridículo, patético. Mas verdadeiro.

Subo novamente, pego meu celular, meu carregador, meu fone e coloco tudo no meu bolso.

Se ela quer tanto que eu vá para lá, ela vai ter que abrir mão, um pouco, de seu banco fixo.

Pego as chaves da minha moto e vou para a garagem. Subo na mesma e dou partida. Vou no endereço que meu pai me deu.

Era uma mansão. Parecida com a minha. Estaciono a moto na calçada da casa e entro sem bater.

Marina estava sentada no sofá, ela dá um pulo quando eu entro.

- Se assustou por quê? Está devendo?

- Você chegou. - dá um sorriso falso.

- Não, não. Estou lá na minha casa ainda. Isso é uma miragem. - ela apenas revira os olhos.

- Debochada como sempre.

- Mal caráter como sempre. - retruco.

- O que quer de mim? - pergunto cruzando os braços.

- Vou me casar e meu noivo quer te conhecer.

- Por que?

- Porque o filho dele fez a cabeça do pai.

- Quem?

Nessa hora um garoto desce as escadas. Ele me olha e dá um sorriso satisfeito e feliz. Não acredito nisso. Minha vida não pode melhorar.

- Alex?

- Luíza!

- Eu não acredito! Então você traiu meu pai com o pai dessa coisa? - pergunto a Marina, me referindo ao Alex.

Para quem não entendeu: Marina traiu meu pai, depois que meu pai descobriu, ela foi morar com o amante, só que o amante é pai do Alex, Alex Bastos, o garoto popular que gosta de mim á não sei quantos anos.

- Cadê suas coisas? - Marina pergunta.

- Não trouxe. - ela ergue uma sombrancelha - Que foi? Eu não estou aqui porque quero. Então, você vai pagar o preço. - aponto para ela - Literalmente falando. Preciso ir às compras. - lhe dou uma piscadela.