Uma menina magoada que prefiriu deixar os sentimentos de lado. Isso até que estava funcionando, mas a chegada de um convencido irritante, ao seu ver, ela começa a perceber as coisas que perdeu sendo desse jeito. Mas as coisas que ela ganhou com isso...
- Você roubou essas coisas?! - Diz me fazendo rir.
- Não! Alguns eu comprei numa promoção com a minha ex melhor amiga, quanto mais bonecos, menor era o preço. Os outros meus pais me deram em um dos meus aniversários alguns anos atrás.
- Entendi. - Ele ficou reparando nas outras coisas que tinha.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Depois de apresentar a casa toda, empresto a ele uma short do meu pai. Ele se troca no banheiro de baixo e eu coloco meu maiô no banheiro do meu quarto.
Apostamos corrida até a piscina. E claro, ele ganhou. Quando eu cheguei, ele simplesmente me pegou no colo e me jogou na piscina. Sai depressa e corri atrás dele. Minha sorte é que eu não escorrei por estar molhada. Ele fugiu de mim até cair na piscina sozinho.
Já dentro da piscina, conversamos sobre várias coisas, e pessoas. Conversamos sobre os professores e os trabalhos extras desnecessários que eles passam. Falamos de sobrecargas nas pessoas e decidimos qual é o melhor biscoito recheado.
Discutimos sobre os melhores e mais confiáveis sites para compra online. Ficamos revoltados com a sociedade e seus preconceitos, acepções e padrões. Concluímos que os preços de quase tudo está altíssimo.
Resumidamente, conversamos sobre assuntos aleatórios. Depois ficamos pulando na piscina, fazendo competição de quem pulava melhor. Jogamos quase toda a água fora. Tiramos algumas fotos e decidimos não postar nenhuma.
Contamos receitas um para o outro e marcamos de cozinhar juntos um dia. Apresentamos aplicativos e jogos e percebemos que já estávamos ficando entediados. Entediados famintos.
Decidimos entrar em casa, preparar um lanche e assistir alguma coisa na TV.
Ao sairmos, percebemos que deixamos as toalhas longe e quando estávamos indo pegá-las, eu escorreguei.
Ele foi tentar me segurar, mas se desequilibrou e acabou caindo junto comigo. Ele caiu por cima de mim, mas apoiou os anti-braços no chão, depositando seu peso neles.
Começamos a rir por causa da queda. Somos idiotas, sabemos. Mas quando nossas risadas acabaram, nossos olhares se encontraram e nossas respirações ficaram ofegantes, as risadas ajudaram, claro.
Ficamos nos encarando por bastante tempo, até que ele vai aproximando seu rosto do meu. Nossas respirações ofegantes estão em sintonia.
Já beijei vários garotos antes, mas o que diferencia é meu coração que está errando as batidas e eu não sei o motivo disso.
Ele cola nossas testas, meu coração começa a bater em um ritmo muito rápido fazendo com que eu pense que ele vai errar as notas dessa nova música. Ele encosta nossos narizes e eu fecho meus olhos. Meu coração bate muito rápido porém parece que ele não está no meu peito e sim no meu corpo inteiro. Eu sinto cada batida em toda parte de mim.
Minhas mãos já estão suando e até tremendo um pouco. Um mix de sentimentos dançam no ritmo do meu coração. Tem algo diferente nesse quase beijo.
Meu corpo está reagindo de uma maneira estranha, uma maneira que eu nunca tinha visto. Ele nunca reagiu assim. O que está acontecendo?
Meus pensamentos estão conturbados. Na verdade, eu acho que eles estão em uma corrida de fórmula 1! Não sei o que pode nem o que vai acontecer, mas sei que eu preciso entender o que está acontecendo com o meu corpo!
•/Matheus Mendes/•
Saímos da piscina e quando fomos pegar a toalha, ela escorregou. Tentei ajudá-la segurando seu pulso, mas acabo caindo junto.
Caio por cima dela mais me apoio no chão depositando o meu peso. Depois de uma crise de risos nossa, dois idiotas retardados, eu sei, nós nos encaramos.
Lembra de quando eu impedi ela de puxar o cabelo da Geovanna e ela virou para ver quem era, fazendo com que eu ficasse com vontade de beija-la?
Bom, agora estamos mais perto e essa vontade está tomando conta de mim. Aproximo mais meu rosto. Receio me invade.
Será que ela quer isso?
Infelizmente, ou felizmente, esse receio não é maior que a vontade de sentir o gosto de sua boca.
Encosto minha testa na sua. Meu coração acelera, algo que nunca aconteceu antes. Nossas respirações ofegantes, minhas mãos suando.
Isso nunca aconteceu antes.
Será que só eu estou sentindo isso?
Encosto levemente nossos narizes e percebo a sintonia que as nossas respirações atingem.
Ela fecha os olhos fazendo com que eu fique com mais vontade.
Será que ela está sentindo o mesmo que eu?
Será que ela também quer isso?
No que ela está pensando?
Devo fazer o que realmente quero?
Perguntas se formam na minha cabeça, mas sei que não serei capaz de responde-las, não agora pelo menos.
Minha mente está confusa, mas meu corpo e meu coração sabem exatamente o que querem.
