Capítulo Vinte e três

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A polícia não demorou muito para chegar ao hospital e começar com os interrogatórios, precisei de muito controle para não desabar em lágrimas enquanto contava tudo com o máximo de detalhe possível

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A polícia não demorou muito para chegar ao hospital e começar com os interrogatórios, precisei de muito controle para não desabar em lágrimas enquanto contava tudo com o máximo de detalhe possível. Às vezes parava para respirar fundo, secar as lágrimas e então prosseguia. Foi horrível, mas uma hora depois eles saíram dizendo que voltaria quando o Samuel acordasse.

Margarida acordou e depois de alguns minutos se acalmou após eu dizer que o filho estava bem, conversamos sobre o passado deles e mesmo não tendo culpa nenhuma, ela insistiu em me pedir desculpas por não ter contado.

Entendi que contar ou não era algo que só dependia dos dois, e tanto Samuel quanto Vicent me falaram que iriam contar em algum momento. E coube à mim respeitar isso, e até certo ponto respeitei, mas não dava para ficar quieta diante de toda essa situação. Não falarei nada sobre isso com eles, então se acharem que essa é a hora te contar, estarei esperando pacientemente.

Jamie e Mary foram para casa após agradecermos muito novamente, ele disse que voltaria quando Samuel acordasse. Lia foi para casa também cuidar dos parentes do Samie e da nossa caçula, pedi para todos irem embora e que eu ligaria quando tivesse notícias. Após muito custo conseguir que fossem embora, me deixando sozinha com eles.

Tentei resolver algumas coisas da empresa pelo celular apenas para me distrair enquanto ambos não acordavam, então me acomodei no sofá de couro assustadoramente confortável e me cobri até a cintura devorando meu almoço que a enfermeira trouxe. Agora estou tentando focar no filme da tv enquanto vigio eles dormirem tranquilamente.

- Seus papais estão demorando muito, não é filha? - sinto ela chutar levemente minha barriga, como se tivesse preguiça de se mexer, mas não importa porque isso faz meus olhos arderem de novo. Não imaginei que ela fosse chutar nessa situação tão louca, mas aqui está ela, se remexendo preguiçosamente. - É tão bom sentir você, sabia? Eu te amo tanto minha filha... Tanto que não cabe em mim esse amor todo.

Andei pensando em adiar o casamento que vai acontecer no próximo mês, onde faremos cinco meses de gravidez e namoro. Vou conversar com eles quando acordar e tomar uma decisão juntos, mas acho que assim será melhor para nós. Afinal, eles precisam se recuperar bem antes da cerimônia. Mas os conhecendo bem sei que não vão querer adiar, porém não custa nada tentar.

Pego uma manta felpuda no pequeno armário do quarto e me deito no sofá, estou cansada e preciso dormir urgentemente, mas estou preocupada demais.

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