Capítulo Vinte e Dois

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Com muito custo como alguma coisa antes de sair de casa, dormir cerca de quatro horas e quando acordei às quatro da manhã, fiquei na cama pois sabia que ninguém me deixaria sair de casa

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Com muito custo como alguma coisa antes de sair de casa, dormir cerca de quatro horas e quando acordei às quatro da manhã, fiquei na cama pois sabia que ninguém me deixaria sair de casa.

Minha mãe foi terrivelmente assustadora comigo há alguns minutos atrás, ela disse que eu não sairia de casa se não comesse algo. Mesmo sabendo que ela não poderia me prender, decidi não contrariar ela, comi os sanduíches que ela fez e me troquei rapidamente após um banho.

Embora eu esteja bem mais calma após ouvir meu pai dizer que ele não corre risco de vida, alguma coisa me diz que não é só isso, eu sei que eles não estão me falando tudo. Sei que tem mais alguma coisa. Eu quero ficar bem por causa da nossa filha, se eles souber que não estou me cuidando vão ficar bem bravo.

- Bom dia meu bem, vocês estão melhor? - papai me abraça, balanço a cabeça e tento sorrir.

- Como ele está? - ignoro sua pergunta - Alguma notícia?

- Senta aqui. - sento no sofá da sala de espera. - Tente não se alterar, lembre-se que está grávida e isso faz mal pra sua filha.

- Parem de enrolar e falem logo! - resmungo olhando pra todos, apenas papai e Margarida ficou aqui. - Essa angústia está me matando. Aliás, cadê a Margarida?

- O Vicent precisou passar por uma cirurgia, a bala perfurou o fígado e precisou de um transplante. - ele me olha calmo. - Obviamente Margarida se prontificou em ajudar os filhos, eles estão no quarto agora após a cirurgia. Porém filha, houve uma pequena complicação na cirurgia do Vicent e agora eles precisam de uma transfusão de sangue.

- O quê...? - eu sabia que alguma coisa tinha acontecido.

- Não precisa se preocupar, o hospital já está fazendo o que pode para conseguir o sangue. Como o tipo sanguíneo deles é AB, as coisas dificultam um pouco. O hospital tinha poucas bolsas de sangue e como era uma emergência usaram todas neles, mas não foi suficiente. Ninguém aqui pode doar, e apesar de estar estável o caso deles é grave.

Eu sou O positivo, não posso doar para ele e mesmo se tivesse o mesmo sangue ainda não poderia por estar grávida. O que eu faço? Não posso perdê-los.

- Sua irmã está falando com os amigos da faculdade deles e vendo se podem ajudar, mas até agora nada. O hospital está fazendo todo o possível já que o caso dele é uma emergência.

- Liguei para a nossa avó e eles não sabem ao certo o tipo sanguíneo deles, de toda forma já estão vindo. - Mia fala sentada ao meu lado, todos parecem tão cansados.

Ficamos em silêncio no meio de todo esse barulho, assim como eu ninguém aqui deve saber o que fazer. O que torna tudo pior, é essa sensação de impotência, de não saber o que fazer. 

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