Capítulo 4

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Su estava parada em frente a grande estante atrás da mesa. Se apoiava na mesa com as duas mãos encarando a porta aberta quando Lin e Toph voltaram para dentro da sala.

— O que você tem ai? — perguntou a mãe voltando para a poltrona dela, esperava que mais perguntas viessem das duas, mas pareciam menos interessadas agora.

Lin, por outro lado, se aproximou da irmã e a envolveu em um meio abraço, mais preocupada em espiar o que havia dentro do armário.

— Um meteorito — ela respondeu, apoiando a cabeça no ombro da irmã — O primeiro na verdade.

Toph não precisava enxergar ou colecionar meteoritos para entender o que ela queria dizer. Tinha a sua a mais de 75 anos. Havia sido o presente mais importante que recebera na época da guerra, havia sido aquela rocha que lhe ajudara a encontrar os seus primeiros 3 alunos de dobra de metal, mas não era por isso que ela guardava e sabia que Su também tinha motivos melhores do que a coleção para guarda-la.

— Você tinha 5 anos quando acharam aquele meteoro — respondeu a mãe, com um sorriso nos lábios com a lembrança daquela época — Foi um verdadeiro tormento, vocês não paravam de brigar nunca.

— A Lin agia como se tivesse seis anos — respondeu Su, dando uma ombrada carinhosa na irmã que fechou o rosto. Adoraria responder que ela também, mas a caçula realmente tinha seis anos.

— Você era implicante — preferiu ao invés.

— Eu tinha seis anos — resmungou, apoiando a cabeça contra o ombro da irmã.

— Não é como se tivesse melhorado depois de mais velha — respondeu Toph de sua cadeira.

— Obrigada mãe — responderam as duas com tons diferentes, Lin tinha uma risada contida enquanto Su trazia uma ironia na voz.

132 Ag

— Você jura que vai ficar tudo bem? — perguntou, pela terceira vez desde que ele havia chegado e as meninas já não estavam a vista.

— Você vem tio Sokka? — perguntou Su, do alto de uma duna. Havia tido uma chuva de meteoros na noite anterior e Toph pode sentir o que ele caira não muito longe.

Suyin só se acalmara para dormir depois de três promessas de que iriam atrás da pedra espacial. Ela sempre fora apaixonada pelo bracelete da mãe e a chance remota de ter um pedaço de algo parecido era o suficiente para deixar a menina empolgada.

— Você não vai nem dar tchau para a sua mãe? — ele perguntou de volta, mas tudo que Toph recebera foi um grito.

— Tchau, mãe! — respondeu a pequena, sem se dar ao trabalho de mandar um sinal pela areia fina.

— Viu? — respondeu Sokka, segurando os ombros da mais jovem — Agora você pode ir trabalhar tranquila, nada vai acontecer com suas meninas enquanto eu estiver aqui.

— Sokka! — ela falou de forma pausada, segurando a frente da camisa dele — Se alguma coisa acontecer com elas...

— Eu sei — ele respondeu, as mãos grandes emoldurando o rosto elegante — Vou acabar no fundo daquela cratera.

— Eu to falando sério, Sokka.

— E eu não to duvidando de você — ele respondeu, antes de dar um beijo na testa da mulher, justo no momento em que a chamaram de novo: "Chefe Beifong, precisamos de você agora" — A gente vai ficar bem e quando você chegar em casa elas já vão estar dormindo, sãs e salvas.

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