Significado de Interlúdio
[Música] Trecho musical entre dois atos, duas cenas, numa peça dramática.Como não trabalhamos com música, vou só postar esse capítulo novo para marcar o fim do primeiro arco e o início do segundo.
É isso ai, estamos chegando no final \o/~~~~
176 A.g
Lin gemeu, cobrindo os olhos de jade e virando o rosto para a janela. Lá fora a lua já ia alta e parecia iluminar todo o jardim com seu brilho de prata, ofuscando algumas estrelas mais perto no manto negro da noite.
— Bem, o resto não vou contar perto do bebê.
— Eu me lembro daquela maldita manhã — respondeu, o rosto ainda meio retorcido quando sentiu uma pequena pedra, um cascalho na verdade, acertar-lhe no braço.
— Não pragueje perto do bebê — isso era uma regra completamente nova para ela, quando Toph havia se preocupado em praguejar na frente de qualquer um? — E não reclame, não é como se você tivesse visto muita coisa — a mulher mais velha deu uma risada seca antes de completar — Agradeça por não viver no pântano, aquelas vinhas não tem exatamente uma senha de segurança para pobres senhoras que não precisam saber todos os detalhes das vidas das filhas.
Ela não precisava enxergar para saber que as duas haviam corado, o rosto castanho de Su recebendo um fraco rosado em suas bochechas com a perspectiva de que sua mãe podia saber tudo que acontecia em Zaufo o tempo todo, mas Lin era quem tinha a reação mais violenta e não apenas por sua pele muito mais pálida.
A chefe de policia até mesmo engasgou, sentindo o peito ser tomado pelo vermelho muito vivo da vergonha, mas levou quase 5 minutos inteiros antes que a caçula percebesse o que acontecia.
— Lin, você está bem? — perguntou, tocando os ombros da irmã que tossia como se houvesse se afogado com a própria vergonha.
— Acredite, eu também não queria saber da sua vida latente — Toph disse, se levantando e se aproximando das filhas com o bisneto nos braços.
Su virou os olhos de uma para a outra, sabendo que a mãe não podia ver a repreensão e a curiosidade marcadas naqueles olhos verdes claros, mesmo assim, era como se pudesse senti-los quando lhe entregou o bebezinho, que logo agarrou os ombros da avó.
— Vamos antes que sua irmã comece a fazer perguntas.
— Você ainda não acabou a história, mãe — ela disse fazendo uma pausa, antes de se voltar para a irmã mais uma vez — E agora quero saber o que Lin faz em cidade república quando não está na delegacia.
— Amanhã eu termino, sou velha e tenho sono — respondeu, enganchando o braço no da filha mais velha — Vamos Lin, me leve até a parte baixa da cidade enquanto sua irmã leva o bebê de volta para Kuvira.
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As duas caminharam por poucos minutos antes que Toph soltasse o braço da filha e se afastasse dizendo que ela já podia ir se deitar. Lin a encarou um pouco incrédula quando percebeu que não estavam nem perto das pétalas do primeiro casulo.
— Não precisa agradecer — respondeu Toph, acenando com as costas da mão enquanto se afastava.
— Pelo que exatamente? — perguntou, seguindo a senhora com passos ligeiros. Claramente Toph estava dobrando a terra para ir mais rápido.
— Por te livrar das perguntas de Su — disse, ainda andando muito a frente dela — De nada, minha querida.
— Foi você quem puxou o assunto em primeiro lugar — resmungou Lin, ciente de que estavam paradas no meio do casulo principal, onde qualquer um poderia ouvi-las.

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Paternidade
Fiksi PenggemarO ano de 176 Ag chega trazendo o aniversário de 50 anos da filha caçula da grande inventora da dobra de metal e Toph resolve que é finalmente o momento de dar a ela o que sempre quis: o nome de seu pai.