Capítulo 21: Prova!

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 — Eu tirei oito em química! — Bati palminhas que nem uma criancinha.

Sinceramente, minha prova estava até cheirosa. Nunca me imaginei tão boa em exatas! 

Eu olhei para as minhas amigas e elas não pareciam muito contentes. 

Acho que quero fazer química na faculdade! — Pensei.

O sinal do recreio tocou:

— Meninas? — Ela já foram?

Almocei e fui ao encontro delas e os meninos que também estavam lá, todos tristes.

— O que está acontecendo?

A Nina estava quase chorando.

— Todos fomos mal na prova de química! — Bruna disse quase cuspindo fogo.

— Mas eu estudei tanto... — Miguel estava decepcionado.

— A culpa é do professor! — Diego também se emburrou.

— Não culpem o professor! Exatas é mais complicado mesmo. — Tentei acalmá-los.

— Quanto você tirou? — Carol perguntou miando como um gato.

— Nada demais, foi só um...um....um oito.

Todos estavam como o quadro O Grito de Edvard Munch.

— Parabéns pela nota, Pocy.

— Obrigada, Miguel. — Fiquei envergonhada com sua voz doce e gentil.

Bruna pegou as minhas mãos, com brutalidade, e fez um drama.

— Pocema, nos ajude com a próxima prova de recuperação semana que vem!

— Mas tenho que estudar para história...

— Por favor!

— Você vai quebrar minhas mãos!

— Ih! Foi mal!

Quando cheguei em casa, fui direto perguntar para a minha mãe se meus amigos podiam vir aqui e ela deixou!

Bruna, vocês podem vir aqui amanhã depois do colégio. — Enviar! — Mais tarde eu conversei direto com a Ana!

Parece que não é a personagem principal de hoje.  Ela manjou vários emojis rindo.

— É, pensar nos outros não faz mal de vez em quando. — Mandei emojis de coração.

Logo nos despedimos e fui dormir.




Depois do colégio fomos para a minha casa e almoçamos.

— Obrigado pelo almoço! Estava muito bom! — Miguel estava dizendo para a minha mãe.

— De nada, pode vir aqui quando quiser, viu?! — Minha mãe adorava o Miguel.

— Todos gostaram da comida. — Disse papai.

E meu pai, nem tanto.

Enfim, depois do almoço, nos sentamos em círculo, no meu quarto e reparei que estava no meio da Bruna e do Rafael.

— Psiu, Bruna.

— Eu estou do seu lado.

— O Rafael tá do meu lado. Senta aqui.

— Não, obrigada. Estou bem aqui. — Ela abaixou a cabeça.

Ela estava do lado do Miguel, Poxa...

Ser professora de exatas não era fácil, dar vários exemplos para uma resposta em números! Quase um Pitágoras!

Enquanto a tarde descia, meus alunos iam embora. A última quem sobrou foi a Bruna.

Bom, havia nós duas no quarto, então eu decidi perguntar:

— Por que você não quis sentar do lado do Rafael?

— Desculpe, você queria ficar com o Miguel, né? — Droga! Ela descobriu!

Não havia porque mentir.

— Ahn, sim, mas vocês estão juntos, não?

— Não. Ele não sente nada por mim. — Ela estava chorando. Algo que nunca havia visto. — Você tinha razão. — Eu só a abracei. Minha boca fechada era o suficiente no momento.

— Eu vou pegar um copo de água pra você. — Fiz o mais rápido possível. Não queria deixá-la sozinha.

— Oi, meninas! — Mamãe entrou. — Bruna, sua mãe chegou.

— Tá. — Ela me deu o copo vazio e foi embora.

Depois que fechei a porta, a casa estava bem silenciosa, para cinco pessoas no recinto.

— Pocema, por que a Bruna estava chorando?

— Amor.

— Adolescência é algo inexplicável. — Ela saiu cantando e rodopiando.

Antes de dormir, eu fiquei de joelhos e agradeci por tudo e pedi para que os meus amigos passem na prova de recuperação.

E Senhor, minha amiga Bruna está triste porque o Rafael não a correspondeu. Abençoe o Rafael e a Bruna e tira as dores deles. Console o coração deles, meu Deus. Em nome de Jesus, amém!



No dia seguinte foi a prova de história.

Senhor, eis-me aqui. — Pensei.

A parte chata era quando há duas perguntas na mesma questão. Confundia, admito.

A saída foi logo depois da prova.

— Boa prova para vocês! — Me despedi.

A prova de recuperação era de tarde.


*      *        *

Neste final de semana eu comi muito doce, sério! Depois me arrependi dessa gula.

O banheiro não perdoou nem a mim e nem ao resto das pessoas da casa.


Final de semana passou e, no recreio, eles estavam no mesmo banco de sempre.

— E então, passaram? —O SIM foi alto e potente.

— E ainda tiramos dez em história! — Disse Nina saltitante.

— Ah é? — Perguntei, surpresa.

Todos assentiram com a cabeça.

— Quanto você tirou em história, Pocema? — Carol perguntou.

— Três e meio... — Vocês podem me ajudar na prova de recuperação? — Ri sem graça.

— Pode ser na minha casa! — Disse Nina. — E com direito a filme!

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