Capítulo 33: Férias parte 3 final

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 — Por que o último dia de férias está acabando tão rápido? — Perguntei pra Ana.

Eu e a Ana estávamos nos balanços do parquinho, como da última vez.

— O tempo não muda, nós que nos divertimos demais! — Seu sorriso gentil de sempre.

— Quando a gente se encontrar com Deus, eu não vou mais me preocupar com o tempo. Será que vai haver balanços?

— Com certeza!

Eu olhei para as nuvens e disse:

— Eu quero levar o máximo de pessoas que eu puder....

— Todos somos irmãos de céus. — Ana "tentou" pegar o céu com sua mão.

— Pelo menos eu vou dormir na sua casa, hoje! — Sorri de volta.


Fomos para o hotel e peguei o necessário para ir na casa da Ana.

— Que bom que a sua mãe decidiu pedir pizza. — Disse do meu colchão.

— É... a pizza estava realmente boa!

Nós conversamos um pouco, até pegarmos no sono.


Eu comecei a sonhar com um lugar todo branco e eu estava flutuando, eu acho. Um lugar sem teto e sem chão é difícil saber.

Eu estava com um vestido branco e um laço no meu cabelo.

Eu morri?  Pensei.

Eu senti alguém me vigiando e me virei. Fiquei boquiaberta:

— Lokita, Talita? — Eu tentava dar pulinhos. — Que saudade de vocês!

Elas fugiram de mim! Ora "nadando", ora "correndo".

— Não vão!

— Você não devia sentir a falta delas.

Uma outra "eu" parou na minha frente: A de treze anos. 

Ela estava de vestido branco, com rosas brancas e segurando um pequeno baú de madeira:

— Por que você sente falta delas se elas são você? 

— E-Eu não sabia que sentia isso, até vê-las!

— O coração humano é mesmo enganoso. — A Pocema de treze anos ria como uma doce criança. Ela estava tão linda! — Elas são você. Mas quando as vê, precisa delas para ficar "completa".

— Você não está exagerando?

— Jamais. — É normal a carne dominar a sua alma, mesmo depois de tudo que você passou.

— Desculpa... — Estava envergonhada.

— Não há necessidade. — Ela negou com a sua mão. — Ninguém é perfeito. Mas lembre-se, quem te completa é Jesus!

— Tudo bem. Mas por que estou sonhando?

A Pocema de treze anos ficou de joelhos e abriu o baú. Era uma bola de ouro e parecia que ela não tinha dificuldades para segurá-la.

— Você merece, linda.

— Quê?

— Deus viu isso.

— Tá, mas o quê?

— Esta esfera simboliza a sua memória.

— Ai, que bom! — Senti um alívio muito grande. Tive que sentar porque fiquei sem ar.

O Mundo de PocemaOnde histórias criam vida. Descubra agora