— Pocema?
— Sim?
— Abra os olhos.
— Ainda não chegamos no céu?
— Senhorita passageira, sua passagem foi adiada. — Você terá mais uma chance!
— Então quer dizer...
— Você vai viver!
— O QUÊ?! — Ela se levantou, mas ainda no colo da Dona Branca. — Oba! Obrigada, Jeová!
— Isso tudo foi, praticamente, um sonho!
— Uhum. Mas, como eu vou acordar?
Dona Branca sorriu.
— Quando alguém sonha que está caindo, ela acorda sem chegar ao chão.
— Você não vai me soltar, né?
— Volte para a sua família e seja uma boa menina!
— Eu não vou deixar! — Aquela mulher se agarrou no tornozelo da Pocema.
— Dona Branca, ela não podia me tocar?!
— O mal não tem limites, minha querida!
— Você não pode subir comigo aqui! — Seu sorriso era pura maldade. — E se você cair, vai na minha casa.- Sua risada era pior que seu sorriso.
— Eu não vou deixar! — Dona Branca.
— Me solte, Dona Branca.
— Pocema, você não pode desistir aqui! — A preocupação da Dona Branca era evidente.
— Eu não vou. — Disse seriamente. — As mãos do meu Criador estão sobre a minha cabeça, e por isso eu não vou perder!
— Vai na fé. — Ela a largou.
As duas caíram, quase voando.
— Sua tola! Vai para a minha casa!
— Coisa, você deve ter esquecido, mas ainda estamos no meu mundo e, ainda por cima, Deus está do meu lado. Não tem como eu perder!
Pocema ativou um soco inglês e soca a coisa. O impacto da diaba quebrou o chão e Pocema parou na sua frente, preparada.
Suas vestes fantasiosas voltaram. A endemoniada deu um pulo enorme e jogou bombas gigantes, mas Pocema entrou em uma piscina de bolinhas e nadou para o fundo.
— Essas bolinhas são salva-vidas! — Disse assistindo a explosão.
A coisa atacou a Pocema nas costas dela com uma espada, mas um escudo aparece.
— O quê?!
— Surpresa! — O rosto da Talita surgiu por trás do escudo. — Afaste-se, por favor! — Ela a empurrou com o escudo.
— Coisa, já disse que você vai perder? — Pocema estava de mãos dadas com as irmãs bailarinas.
Talita estava de escudo e Lokita de espada.
— Eu posso ter demorado para descobrir, mas você estava esperando que elas fossem viajar para você me pegar de surpresa. — Mas algo você não sabia: As duas fazem parte de quem eu sou!
— Tchau, coisinha! — Lokita.
As irmãs bailarinas se esconderam nas costas da Pocema e desapareceram, e Pocema mudou suas roupas e ficou parecida com elas.
— Vamos acabar logo com isso! — Coisa, espumando de raiva, correu atrás dela.
Pocema pegou a "cartola da Talita" de sua narina e arrancou um martelo gigante de lá.
Ela deu uma martelada na sua inimiga e a jogou para o alto.
— Hora de acabar isso!
Pocema deu um super-pulo para alcançá-la.
— O que vai fazer comigo?! — Ela estava desesperada.
Pocema colocou suas mãos em seu peito e seu coração ganhou um brilho de tal maneira que só crescia sua intensidade.
— Pessoas como você fazem o mal pra humanidade! — Mas o amor Dele cura qualquer coisa!
A luz aumentava ainda mais.
— Por isso, nossa missão é mostrar esse amor infinito!
— Para de falar! — Ela ativou uma espécie um fogo preto.
— Minha missão não acabou!
Ela soltou suas mãos do peito e a luz se expandiu e, rapidamente, seguiu para uma explosão. As duas são atingidas e vão, cada uma, para um lado.
Será isso o meu fim? Lutei em vão? Tudo que eu vivi foi real?
Não importa mais. Este mundo acabou. Minha mente me enganou direitinho. Mentir ou falar a verdade pra mim mesma. Jogo acabou e eu venci.
E perdi.
Afinal de contas, eu era o rei negro e o rei branco e dei Xeque Mate.
Mas qual deles ganhou?
O mundo que vou agora é real ou haverá mais uma partida?
E perdeu a consciência.
No meio da intensa explosão, Dona Branca se despediu, camuflada junto com o fundo.
— Você não é mais prisioneira da sua mente, Pocema. — Sorriu. — Não importa qual mundo você esteja, tudo o que você passou, conviveu e aprendeu foi real!
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O Mundo de Pocema
FantasiSinopse: Pocema é uma menina que vive com duas amigas, Lokita e Talita. A mesma utiliza um tapa olho por motivos misteriosos. Todos os seus passeios tranquilos, acabam virando grandes aventuras! E, por vezes, no meio do caminho, elas tem que lutar...