Capítulo 13: Viver!

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 — Pocema?

— Sim?

— Abra os olhos.

— Ainda não chegamos no céu?

— Senhorita passageira, sua passagem foi adiada. — Você terá mais uma chance!

— Então quer dizer...

— Você vai viver!

— O QUÊ?! — Ela se levantou, mas ainda no colo da Dona Branca. — Oba! Obrigada, Jeová!

— Isso tudo foi, praticamente, um sonho!

— Uhum. Mas, como eu vou acordar?

Dona Branca sorriu.

— Quando alguém sonha que está caindo, ela acorda sem chegar ao chão.

— Você não vai me soltar, né?

— Volte para a sua família e seja uma boa menina!

— Eu não vou deixar! — Aquela mulher se agarrou no tornozelo da Pocema.

— Dona Branca, ela não podia me tocar?!

— O mal não tem limites, minha querida!

— Você não pode subir comigo aqui! — Seu sorriso era pura maldade. — E se você cair, vai na minha casa.- Sua risada era pior que seu sorriso.

— Eu não vou deixar! — Dona Branca.

— Me solte, Dona Branca.

— Pocema, você não pode desistir aqui! — A preocupação da Dona Branca era evidente.

— Eu não vou. — Disse seriamente. — As mãos do meu Criador estão sobre a minha cabeça, e por isso eu não vou perder!

— Vai na fé. — Ela a largou.

As duas caíram, quase voando.

— Sua tola! Vai para a minha casa!

— Coisa, você deve ter esquecido, mas ainda estamos no meu mundo e, ainda por cima, Deus está do meu lado. Não tem como eu perder!

Pocema ativou um soco inglês e soca a coisa. O impacto da diaba quebrou o chão e Pocema parou na sua frente, preparada.

Suas vestes fantasiosas voltaram. A endemoniada deu um pulo enorme e jogou bombas gigantes, mas Pocema entrou em uma piscina de bolinhas e nadou para o fundo.

— Essas bolinhas são salva-vidas! — Disse assistindo a explosão.

A coisa atacou a Pocema nas costas dela com uma espada, mas um escudo aparece.

— O quê?!

— Surpresa! — O rosto da Talita surgiu por trás do escudo. — Afaste-se, por favor! — Ela a empurrou com o escudo.

— Coisa, já disse que você vai perder? — Pocema estava de mãos dadas com as irmãs bailarinas.

Talita estava de escudo e Lokita de espada.

— Eu posso ter demorado para descobrir, mas você estava esperando que elas fossem viajar para você me pegar de surpresa. — Mas algo você não sabia: As duas fazem parte de quem eu sou!

— Tchau, coisinha! — Lokita.

As irmãs bailarinas se esconderam nas costas da Pocema e desapareceram, e Pocema mudou suas roupas e ficou parecida com elas.

— Vamos acabar logo com isso! — Coisa, espumando de raiva, correu atrás dela.

Pocema pegou a "cartola da Talita" de sua narina e arrancou um martelo gigante de lá.

Ela deu uma martelada na sua inimiga e a jogou para o alto.

— Hora de acabar isso!

Pocema deu um super-pulo para alcançá-la.

— O que vai fazer comigo?! — Ela estava desesperada.

Pocema colocou suas mãos em seu peito e seu coração ganhou um brilho de tal maneira que só crescia sua intensidade.

— Pessoas como você fazem o mal pra humanidade! — Mas o amor Dele cura qualquer coisa!

A luz aumentava ainda mais.

— Por isso, nossa missão é mostrar esse amor infinito!

— Para de falar! — Ela ativou uma espécie um fogo preto.

— Minha missão não acabou!

Ela soltou suas mãos do peito e a luz se expandiu e, rapidamente, seguiu para uma explosão. As duas são atingidas e vão, cada uma, para um lado.

Será isso o meu fim? Lutei em vão? Tudo que eu vivi foi real?

Não importa mais. Este mundo acabou. Minha mente me enganou direitinho. Mentir ou falar a verdade pra mim mesma. Jogo acabou e eu venci.

E perdi.

Afinal de contas, eu era o rei negro e o rei branco e dei Xeque Mate.

Mas qual deles ganhou?

O mundo que vou agora é real ou haverá mais uma partida? 

E perdeu a consciência.


No meio da intensa explosão, Dona Branca se despediu, camuflada junto com o fundo.

— Você não é mais prisioneira da sua mente, Pocema. — Sorriu. — Não importa qual mundo você esteja, tudo o que você passou, conviveu e aprendeu foi real!

O Mundo de PocemaOnde histórias criam vida. Descubra agora