Bem-vindos a Paranoid. Estarei deixando os avisos aqui.
Essa fanfic contém linguagem inapropriada, sexo, violência explícita, adultério, sangue e tortura. Nada aqui se passa na realidade, é tudo ficção. Provavelmente esses avisos não serão o suficiente já que a intenção é piorar. Mas pare a leitura caso se sinta desconfortável.
🥀
Mais uma manhã.
Mais um dia.
O cansaço limita a minha linha de raciocínio e levo uns segundos para compreender onde estou, ou quem sou eu.
Me levanto e olho o minúsculo apartamento que não tenho tanto o prazer de chamar de meu.
Acordei cinco minutos atrasado, o que significa que terei que andar depressa para não perder o metrô, simbolizando mais um dia ruim que o universo propaga para minha desgraça.
Escovo os dentes e visto o uniforme usual que está surrado e opaco. É difícil encarar alguma roupa minha que não esteja no mesmo estado. Calço os sapatos e olho ao redor, vendo a louça suja que não toco há dias e o resto do apartamento bagunçado. Quem me dera ter tempo de arrumar minhas coisas todos os dias.
Quem me dera ter o poder de controlar o tempo da mesma forma que ele me controla.
Abro a porta bocejando alto, meu corpo implora para que eu fique e durma por mais algumas horas seguidas. Ou dias. O estômago também reclama, mas assim que fecho a porta, vejo o pacote de sempre parado ao lado da minha entrada, me esperando.
Abaixo e recolho, reprimindo o sorriso que poderá ser o único vislumbrado naquele complexo de apartamentos baratos.
Estou tão esgotado físico e mentalmente, que saio de casa sempre com a sensação de que esqueci algo, como os sapatos, igual à semana passada. Meu corpo tem que parar o mais rápido possível.
Porém, não tenho essa opção.
Quando estou dentro do elevador, me encosto na área gelada de metal e coço os olhos, afastando a fadiga. Abro o pacote que tem o mesmo cheiro bom de sempre, o que faz meu estômago reclamar alto. Bibimbap, composto de arroz, legumes e carne misturada. O meu favorito. Como não tenho tempo para parar e comer, puxo os hashis para comer enquanto caminho.
Agora a parte estranha sobre tudo isso.
Agora vem a parte que alguém são da consciência poderia repudiar uma simples escolha esquisita:
Venho sendo alimentado por algum estranho há cerca de dois meses.
Sim, foi isso que leu.
Tudo começou quando pequenos bilhetes de: tenha um bom dia, foram deixados grudados na minha porta. Depois, junto aos bilhetes, vieram alimentos, como bolos e muito leite de banana. Hoje são alimentos variados, de acordo com a hora do dia. Sempre pela manhã e pela noite - que é a hora que chego - há comida pronta para mim dentro desses sacos. No começo fiquei intrigado e, claro, desconfiado que alguém queria me pregar uma peça. Não havia remetente ou sequer uma explicação, então apenas levava até o porteiro do prédio, reclamando da confusão.
Quando eu percebi que ele não fazia questão de saber quem era e apenas comia toda a comida que eu levava para ele devolver, me senti um idiota.
Bem, com a pressa, a fome e a exaustão, um belo dia eu acabei cedendo e comendo uma sopa de brotos de soja. Foi a melhor coisa que eu havia comido em dias, e pude me acostumar a ter comida de verdade e a não comer comida industrializada e cara do mercado. Havia o medo e o receio de comer algo e ser envenenado, mas até agora não morri.
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Paranoid | namkook
Fanfiction[Concluída] "Um dia, seremos só nós dois... " Simples palavras e uma inocente promessa. Namjoon se sentia observado; paranóico nas rachaduras da venda que cobriam seus olhos. Ou era mesmo verdade, que ele estava sendo perseguido? Mas por quem? Há d...