🥀
Eu odeio o meu corpo.
Odeio como não tenho poder sobre nenhuma parte dele. Odeio como ele pertence a outra pessoa, que não sou eu. Odeio como ele reage ao toque dele de uma forma que eu não consigo controlar. Cada célula, epiderme, sensação e sentimento, pertencem a ele. Assim como eu.
Sua boca trabalha em meu pescoço que insiste em se curvar mais para o lado. Suas mãos possessivas afundam na minha cintura desnuda e seu pau duro instiga o meu a transparecer, mesmo que não possamos fazer isso agora. Mas ele pouco se importa, o meu corpo também não, já que está amolecendo em seus braços como um boneco.
— Taehyung, aqui não... — Soa mais como um gemido do que como um alerta, mas ele para do mesmo jeito, me fitando com seus olhos que me incendeiam, até me machucar.
Então ele se afasta. Ele sempre faz isso, me deixa mole em algum canto enquanto arruma sua franja bagunçada. Mas quando ele se afasta, meu corpo chia, reclama pelo seu toque, então eu mesmo vou até ele, caindo em seus braços como se eu eu não pertencesse a nenhum lugar.
E eu realmente não pertenço.
O jogo começa aqui. Ele sorrindo contra os meus lábios tendo a vitória de eu estar cegamente me despindo para ele em seu escritório, dentro de sua casa, com a sua mulher e sua filha nos esperando lá embaixo para o jantar.
Um jogo nocivo.
Mas que quem controla é somente ele. Nós só somos os seus peões. Eu sou o pior deles, porque ele finge me dar escolhas, mas eu sei que cada passo meu é regido por ele.
Ele. Ele. Ele.
Somente há ele em mim e nada mais.
Em frações de segundos estou sobre sua mesa, com o corpo exposto e nu para si. A minha respiração é elevada, o meu corpo aquece sob a espera do seu e ele me faz esperar enquanto tira a blusa calmamente e me fumina com seus olhos erráticos e predatórios.
Eu aperto os lábios um no outro, sentindo todo meu corpo implorar por ele em voz alta. Mas ele continua lento, continua brincando enquanto me remexo em cima de seus papéis. Sem me controlar muito, eu rodeios minhas pernas em seu quadril, trazendo ele até a mim, para que eu possa senti-lo enquanto me esfrego nele. Como um animal, como um maldito animal.
Tombo a cabeça para trás me abstendo da sensação rasa, porém confortante, do atrito. Eu não posso ver, mas sei que há um sorriso em seus lábios, sei que há cordas envolta dos meus braços que ele controla, mas depois de tanto tempo, eu realmente não me importo mais em querer me livrar delas.
Taehyung orquestra lentamente minhas mãos que tocam nele, para trazê-las acima da minha cabeça, me prendendo. Ele se abaixa para respirar em cima do meu corpo, enquanto soa palavras sujas em cima de mim.
Sem me foder, sem me tocar adequadamente, só me transferindo seu vocabulário sórdido e cruel, me lembrando de quem eu sou e o que eu pareço para ele, implorando pelo seu pau assim. Com um último murmúrio de que sou uma boa puta para ele, eu venho, me derramando em cima de suas roupas caras e limpas. Meu gemido estrangulado me incomoda, mas me retenho porque me lembro de onde estou. Meus dedos dos pés se esmagam enquanto o orgasmo flui pelo meu corpo, esse que ainda não se sente satisfeito e implora por mais, enquanto Taehyung se afasta.
Eu chamo por ele de volta. Baixo e lamentável, do jeito que ele gosta.
Mas a batida na porta nos toma a atenção.
Me levanto com pressa, caçando minhas roupas enquanto sinto a adrenalina correr pelo meu sangue. Meu pau insiste em ficar duro, e eu praguejo sozinho.
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Paranoid | namkook
Fanfic[Concluída] "Um dia, seremos só nós dois... " Simples palavras e uma inocente promessa. Namjoon se sentia observado; paranóico nas rachaduras da venda que cobriam seus olhos. Ou era mesmo verdade, que ele estava sendo perseguido? Mas por quem? Há d...