13-O Pântano

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Os guerreiros continuam sua viagem com determinação e mal notam a mudança da floresta

-Durante nossa ida para a Glade vimos algo bem diferenciado...(enquanto caminham Berius e Chuck conversam com calma, as palavras de Berius foram no mínimo curiosas para Chuck, mas o homem continua calado, apenas olha para Berius dando o alerta de curiosidade, em seguida Berius continua seu relato) Bom uma noite meus guerreiros mais jovens (ele aponta pra Ivar e Tinna) eles viram uma horda de monstros marchando a caminho de Glade, mas aparentemente eles não estavam caçando ou preparados pra guerrear, eles deram a volta em Glade e seguiram viagem para algum lugar desconhecido, não conseguimos acompanha-los pois eles só me relataram isso ao amanhecer, você sabe de alguma coisa? Eles disseram que haviam... Humanos liderando a horda de monstros

-Humanos liderando monstros? (Chuck faz uma careta de inconformação) certo eu nunca vi tantos monstros, na verdade acredito que no máximo aquele sátiro e alguns goblins, nada mais que isso... Não achei que monstros fossem tão comuns

-Na verdade... Eu também achei que eles não eram tão comuns, mas acho que quebrei a cara, já enfrentei tantos nessa vida, que já perdi as contas... Mas certamente eu nunca vi eles se aliarem a humanos ou vice-versa... (Eles se calam, ambos pensando por um instante) eu iria perguntar se vc tem alguma ideia de para onde eles podem estar indo...?

-Na verdade eu não faço ideia, como eu havia dito, nunca vi tantos, então não sei qual o propósito deles... Mas... É pode fazer sentido, nosso governante Hugrid falou algo do tipo, as pessoas estavam começando a desacreditar dele, achavam que ele estava velho e já não batia direito do juízo, então menosprezaram seus avisos

-E oque exatamente ele falava?

-(Chuck coça a cabeça) Ah ele dizia as eras de trevas se erguiam aos poucos, que o mal já caminhava sobre a terra, demônios e monstros já circundavam as cidades, que as pessoas enlouqueceriam, matariam seus familiares, trocariam a luz e a vida pra se aliarem as trevas, em busca de poder e desejos profundos

-Pelo olho que me arrancaram... Isso é horrível, eu temia que esse dia chegasse, e pelo jeito não só Hugrid como também meus antepassados estavam certos, as lendas são mais velhas do que parecem, os anciãos da minha tribo profetizavam coisas assim, ainda quando eu era uma criança

-Mas que merda, se o Chayd tiver se corrompido por isso, eu não o perdoarei (Chuck se altera e a raiva lhe possui em um instante)

Metros a frente Ivar e Tinna caminham perto um do outro, as vezes conversando e as vezes trocando farpas, em um determinado momento Ivar se prepara pra passar por cima de um tronco caido, mas antes disso ele pisa na terra ao lado, a terra estava deslizante com muito musgo, extremamente úmida que até o pé do garoto afundou cerca de uns 2 a 3 centímetros, Ivar deslizou e quase caiu, mas se apoiou no tronco caído logo a frente, ele conseguiu impedir sua queda, mas não conseguiu evitar de por a mão em algo

-Droga... Mas que porcaria é essa? (Ele pegou a coisa com a outra mão e a estendeu na sua frente com ambas as mãos, era uma espécie de tecido, algo úmido e gelado, era branco quase que transparente, e tinha uma textura escamosa, tão fino que se partia com facilidade, Tinna se aproxima pra analisar junto a ele)

-Oque é isso? (Ela Pergunta)

-Eu não tenho ideia do que seja (Ivar responde)

-É escamoso, parece pele de...

-Cobra (Ivar completa, eles se olham)

A Rosa Vermelha - Livro I: A QuedaOnde histórias criam vida. Descubra agora