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Tessa narrando.
Após as poucas palavras trocadas com Hardin no funeral, um misto de sentimentos predominou em mim, eu tinha pena dele por tudo que está passando e me arrependi do que havia dito, porém por outro lado tinha raiva dele por ter esse jeito todo... Todo... Todo ele! Ele é assim, não há algo para o definir. Pouco tempo depois, meu pai e Hardin apareceram no carro, onde eu e minha mãe já estávamos, o caminho até nossas casas, que ficavam uma ao lado da outra foi um total silêncio, por sorte ou não. Assim que papai estacionou eu sai do carro e adentrei minha casa, o quanto mais longe eu pudesse ficar de Hardin, eu ficaria! Até mesmo de meus pais, tem horas que não consigo lidar com eles e o melhor é ficar longe.
O resto do dia foi um tédio, nem mesmo sai do quarto, apenas passei algumas horas deitada lendo um livro, em certo  momento o sono começou a bater, quase dormi, mas infelizmente lembrei que ainda não tinha tomada banho, por isso separei um pijama e me direcionei até o banheiro do corredor, já que por teima minha, escolhi ficar logo com o quarto que não era suíte, não me arrependo, a vista de lá é muito melhor do que de todos os outros.
Fui entrando no banheiro sem nem perguntar se tinha gente, afinal, eu só morava com os meus pais, porém acabo levando um susto tão grande ao me deparar com o corpo nu de Hardin á minha frente, tanto que solto um gritinho.

Hardin narrando.
Já havíamos buscado algumas das minhas coisas lá em casa, ou melhor, na minha antiga casa. Agora eu estou deitado no quarto que Henry separou pra mim encarando o teto escuro e tentando tomar coragem pra ir tomar banho, resolvo ir logo se não vou acabar dormindo desse jeito mesmo.
Termino meu banho e começo a me secar, até que algo, digo, alguém me interrompe. Estava começando a enrolar a toalha na cintura quando a porta é aberta bruscamente, o que fez com que minha toalha caísse no chão pelo leve sobressalto dado por mim.
E lá estava ela, a pessoa que eu mais amava infernizar. Sempre com sua vidinha perfeita, isso era um dos maiores fatores que me atraíam em pertuba-lá. Eu sei parece estranho mas irritá-la era como um dos meus passatempos favoritos, o jeito como seu rosto ficava vermelho de raiva e seus lábios formavam um bico como se fosse uma criança de 6 anos, era tão satisfatório provocar isso, porém nunca soube o real motivo para não nos darmos bem. Bom, tem o motivo mais óbvio, nós dois somos totalmente o oposto um do outro, mas fora isso até hoje não sei o que iniciou esse pé de guerra entre a gente.
Saio dos meus pensamentos quando a escuto dar um gritinho que com certeza iria acabar acordando todos na casa, ao  me dar conta do porquê ela gritou solto uma risada e como reflexo acabo a prendendo levemente sobre a parede, pondo minha mão sobre a sua boca para evitar gritos futuros.

Inseparáveis sendo separados (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora