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Tessa narrando.
Sinto minhas costas se chocarem contra a parede gelada e ele me prensar com seu corpo, me causando um arrepio, tento dizer algo mas sua mão está sobre minha boca me impedindo de falar, nem sei se eu conseguiria formular alguma frase sentindo seu corpo nu colado ao meu, porra! Aquilo era demais pra mim, apenas vi um pau na minha vida, ver e sentir Hardin está mexendo não só com o meu psicológico, como com a minha intimidade também!
Fico resmungando contra a mão de Hardin para que ele a tire e eu possa falar, finalmente ele entende o que eu queria.
Hardin: Ok, eu vou tirar a mão, só se acalma. — diz e eu assinto com a cabeça tentando não desviar meu olhar do seu, olhar para baixo era bem tentador, não posso negar.
Tessa: O que você tá fazendo aqui?! Perdeu o juízo foi? — o atropelo com perguntas, a situação em que estávamos era bem constrangedora e estranha.
Hardin: Hã? Você que fica invadindo os banheiros sem saber se tem gente dentro. — resmunga e meu olhar recai levemente para baixo, logo voltando para seus lindos olhos verdes, mas eu sentis meu rosto queimar e meus olhos um pouco arregalados, quem não ficaria depois de ver o que eu acabei de ver?!
Tessa: Olha aqui, existe chave sabia? E outra, enrola essa toalha na cintura logo, pela amor de Deus! — pergunto ironicamente e praticamente ordeno que ele se cubra, recebendo uma bufada de sua parte — E outra, eu to na MINHA casa! — falo dando ênfase no minha.
Hardin: Bom, se acostume, de agora em diante eu irei ser seu querido "irmãozinho". — diz se abaixando e pegando a toalha, passando pela sua cintura e voltando á posição que estava, tenho certeza que ele percebeu meus olhares, impossível não perceber, quase o comi com os olhos, só que logo me toco do que ele havia falado.
Tessa: COMO É QUE É?! — digo e meus olhos só faltam sair de órbita de tanto que eu os arregalei.
Hardin: Fala baixo caralho. — diz colocando sua mão sobre minha boca DE NOVO e só ai me dou conta que ele ainda estava muito próximo de mim — Vou tirar a mão novamente mas você tem que falar baixo, ok? — pergunta e eu murmuro um sim mesmo estando puta com tudo o que tá acontecendo.
Tessa: Explica isso, agora! — exijo cruzando os braços.
Hardin: Bem, como você muito bem sabe, meus pais faleceram e eu estou sozinho nessa porra que chamamos de mundo, então, seu querido e generoso pai propôs para mim que eu morasse com vocês sem data definitiva pra ir embora, ele será como um tutor pra mim, palavras dele. — sorri sarcasticamente e eu fico surpresa com a forma que ele fala dos pais, com tanta serenidade, como se eles estivessem aqui ainda.
Tessa: COMO ELE FAZ UMA COI... — sou interrompida por ele me calando com suas mãos NOVAMENTE, isso já ta me estressando.
Hardin: Cala boca, eu escutei um barulho. — como se eu pudesse falar agora né.
Xxxxx: Quem tá ai? — pergunta uma voz que eu reconheço na hora, meu pai, merda.
Hardin: O que eu faço?! — pergunta e eu aponto pra sua mão que não me deixava falar nada, ele imediatamente tira e se afasta um pouco.
Tessa: Fala que tá tomando banho e não diz que eu to aqui, ele vai achar muito estranho. — nego com a cabeça, só de pensar na possibilidade de meu pai saber disso, eu estaria morta, ele me mataria.
Hardin: Merda! Tá bem — diz baixo- Ah oi, sou eu, Hardin, eu estou tomando banho. Quem tá ai? — termina de falar e liga o chuveiro para disfarçar.
Xxxxx: Ah, é o Henry, só queria pegar um pacote de cotonete para a Carol, o que tinha no quarto acabou e Theresa sempre deixa alguns aí, já que vive usando esse banheiro. — sua voz está meio abafada por estar do outro lado da porta.
Hardin: Oh, entendi. — consigo notar a preocupação em sua voz, ele realmente não sabe o que fazer.
Henry: Então... Se incomodaria se eu entrasse aí rapidinho, só para pegar e voltar pra lá, sabe como Carol é impaciente. — tenho quase certeza que ele revirou os olhos agora.
Hardin: Hã... O que eu faço agora cacete? — sussurra pra mim.

Inseparáveis sendo separados (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora